Cotista que não havia sido considerado pardo pela USP é readmitido por determinação judicial
Jovem de 17 anos foi aprovado no curso de Direito
Glauco Dalalio do Livramento, de 17 anos, foi readmitido pela Universidade de São Paulo (USP) nesta terça-feira (5), após decisão da Justiça. O jovem havia perdido a vaga no curso de Direito por não ter sua autodeclaração de pardo aceita pela instituição. As informações são do jornal O Globo.
Na segunda-feira (4), a 14ª Vara da Fazenda de São Paulo concedeu uma liminar que determina o reingresso do rapaz na universidade. O juiz Randolfo Ferraz frisou que Glauco é "filho de pessoa de raça negra" e havia dado um prazo de 72 horas para que a USP cumprisse a ordem.
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"Ao que parece, não se querendo aqui pura e singelamente substituir as bancas julgadoras administrativas (a de origem, que decidiu por maioria, e a recursal, à unanimidade), não se pode mesmo olvidar que o autor é simplesmente filho de pessoa de raça negra, e eventualmente imagens que ora o favoreçam, ora não, na conclusão de pertencimento à raça negra, seja preta ou parda, não parece aqui ser um critério razoável em contexto como este, quanto menos para aferição à distância, tal qual aqui foi feita", declarou o juiz.
A USP afirmou que a matrícula de Glauco no curso de Direito foi realizada. "Quaisquer ordens judiciais serão cumpridas pela USP e serão apresentadas em juízo todas as informações que explicam e fundamentam o procedimento de heteroidentificação", diz a nota.