Casal desaparece há 19 dias, família descarta fuga e mistério intriga Polícia
Ocorrido no Distrito Federal, caso tem movimentado a população; namorados têm filhos e aparentemente possuem relação harmoniosa
Visto pela última vez na tarde do último 11 de novembro, o casal Kelly Patrícia Alves Pereira, 42, e Eduardo Rodrigues de Sousa, 33, está desaparecido há 19 dias. O caso aconteceu no município de Santa Maria, Distrito Federal. Eles foram vistos deixando a residência de um amigo e não apareceram mais. As informações são do Correio Braziliense.
No local, a preocupação é generalizada, e as hipóteses para o desaparecimento são diversas. A 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria) trata o caso como prioritário. A família, por sua vez, descarta fuga e alega que os dois desenvolviam uma relação aparentemente harmoniosa.
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Mãe de três filhos e avó de três netos, Kelly é descrita como reservada e de hábitos caseiros. Eduardo também é pai de três crianças, fruto de um relacionamento anterior. O casal estava junto há pouco mais de dois meses e se conheceu por meio de amigos em comum.
Como tudo aconteceu
Nas semanas que antecederam o desaparecimento, ambos passaram a dormir na casa de um amigo, Diego. Kelly passava o dia em casa e, à noite, ia para essa residência. Em entrevista, Diego contou que foi procurado por Eduardo.
“Comprei uma televisão dele (Eduardo) e iria pagar as parcelas de R$ 100. Um dia, ele me ligou cobrando, um pouco nervoso, saí do trabalho e fui para a casa com o dinheiro e o paguei. Ele pediu desculpas pela forma como falou comigo e disse que precisava do dinheiro para ir a um hotel com a Kelly. Achei estranho, e falei que eles podiam ficar dormindo na minha casa”, detalhou.
O casal aceitou a proposta e resolveu passar as noites na casa de Diego. “Eu só disse a eles para se preocuparem com a alimentação e até achei bom, pois estavam me fazendo companhia.” Em 10 de novembro, Kelly e Eduardo foram novamente para a residência de Diego assistir ao jogo entre o Atlético-MG e Flamengo.
O casal estava sem celular. O aparelho de Kelly quebrou e foi levado a uma loja para conserto. No fim da manhã do dia 11 de novembro, ela enviou uma mensagem à filha pelo celular de Diego. Na mensagem, perguntou se as crianças estavam bem e disse que retornaria para a casa à tarde.
Antes do sumiço, Kelly mencionou a Diego que se hospedaria na casa de uma amiga em Santa Maria Norte junto a Eduardo. Contudo, a mulher confirmou que o casal nunca chegou ao local.
Detalhes do casal
Vizinhos de poucos metros de distância, Kelly e Eduardo costumavam se encontrar com frequência e planejavam alugar uma casa para morar juntos. Segundo a filha de Kelly, a mãe buscava privacidade, mas isso não era uma fuga, apenas um projeto.
A jovem de 25 anos destaca ainda que Kelly nunca deixava de dar notícias e tinha forte vínculo com a família. “Ela não bebia, era muito apegada a nós e sempre fazia questão de ligar quando saía. Nunca ficou tanto tempo sem contato”.
Não à toa, as famílias descartam a hipótese de fuga voluntária. A jovem enfatiza que a mãe jamais abandonaria os filhos e netos. “Ela saiu apenas com o cartão, um pouco de dinheiro e a roupa do corpo. Não há lógica em uma fuga repentina”.
Alzimira Belo de Souza, 55, mãe de Eduardo, compartilha a mesma opinião e teme o pior. “Eles não estão vivos. Meu filho jamais faria isso. Ele era responsável, tinha três filhos. Isso não é um caso de adolescentes que fugiram. Algo sério aconteceu”, desabafou.
Diego, que foi a última pessoa a ver o casal, não tem dúvidas que algo estaria incomodando Kelly e Eduardo. “Eles estavam estranhos, calados. Eu chegava em casa e eles estavam lá, trancados. Quando saíam, saíam sempre juntos. Eu perguntei várias vezes a ele se estava acontecendo algo, que ele poderia me falar. Afinal, estavam na minha casa e eu não queria problemas. Cheguei a vê-lo nervoso, algo que não era comum".
O desaparecimento ultrapassa duas semanas, e as pistas continuam escassas. A polícia analisa câmeras de segurança e segue em busca de informações concretas. Enquanto isso, familiares e amigos realizam buscas em matas, hospitais e áreas isoladas.