Brasil inaugura “Samui”, primeiro Samu indígena com profissionais que falam guarani
A entrega foi realizada neste sábado (9)
O Ministério da Saúde inaugurou neste sábado (9), Dia Internacional dos Povos Indígenas, o primeiro Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) Indígena. O projeto-piloto foi iniciado no Mato Grosso.
O Samu Indígena começou a funcionar 24 horas para atendimentos de urgência e emergência na área do Hospital da Missão Evangélica Kaiowá, dentro da reserva indígena Aldeia Jaguapiru, em Dourados (MS).
O projeto-piloto, que conta com profissionais de saúde bilíngues – fluentes em português e guarani –, atenderá 25 mil indígenas.
A entrega foi realizada neste sábado pelo secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Weibe Tapeba.
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Com a nova ambulância, o tempo médio de espera para atendimentos aos povos indígenas será reduzido pela metade, segundo o governo.
Antes, os indígenas eram atendidos pela unidade do Samu 192 de Dourados. O Ministério da Saúde fará, anualmente, o repasse de R$ 341 mil para o custeio do serviço móvel.
Segundo a pasta, a medida integra o esforço da pasta para universalizar o serviço até o fim de 2026.
O repasse federal anual destinado ao SAMU 192 do município de Dourados (MS) é de R$ 2,2 milhões.
O montante contempla a Central de Regulação Urbana (CRU), duas Unidades de Suporte Básico (USB), uma Unidade de Suporte Avançado (USA) e duas motolâncias.
O serviço também atenderá os povos indígenas em casos de urgência e emergência.
Qual a estrutura do 'Samui' e como solicitar o serviço
Segundo o ministério, o Samu Indígena será composto por 14 profissionais, sendo cinco técnicos de enfermagem, cinco enfermeiros e quatro condutores-socorristas. Desses, sete são profissionais indígenas que falam guarani.
Os pacientes indígenas deverão ser encaminhados para hospitais de referência da região, incluindo o Hospital Universitário da Grande Dourados (HU-UFGD), que também conta com profissionais fluentes em guarani.
O Samu bilíngue tem por objetivo aprimorar o entendimento entre os profissionais da saúde e os pacientes, reforçando o compromisso do SUS de oferecer um serviço universal, gratuito e culturalmente adequado.
Cada espaço da base do Samu 192 Indígena também recebe o nome do ambiente em guarani.