Anestesista preso por estupro já trabalhou como clínico, ginecologista, obstetra e mastologista

Médico atuou em pelo menos dez hospitais públicos e privados nos últimos três anos

Escrito por Redação ,
Giovanni Quintela Bezerra
Legenda: Médico preso por estupro já atuou como clínico, ginecologista, obstetra e mastologista
Foto: Reprodução Instagram

O médico anestesista Giovanni Quintela Bezerra, preso em flagrante por estupro durante um parto no último domingo (10), também já atuou como clínico, ginecologista, obstetra e médico mastologista, segundo informações do jornal Extra

Os dados estão no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e se referem a três anos de trabalho do médico, em diversas unidades de saúde na cidade do Rio de Janeiro. 

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Giovanni começou a sua carreira como residente no Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI) em abril de 2019, onde permaneceu até maio de 2020. Como residente, ele esteve assistido e acompanhado por um profissional em todos os procedimentos, segundo informou o hospital. Mesmo após a residência, o médico continuou prestando serviço na unidade até fevereiro deste ano.

Após tomar conhecimento de sua prisão, o HGNI disse que fará um levantamento dos procedimentos que Giovanni participou, além de conversar com os pacientes para saber se houve algum problema.

Outras especialidades

Depois de sua passagem pelo HGNI, Bezerra começou a atuar na clínica de Ginecologia e Mastologia do seu pai, da qual é sócio, em junho de 2020. Dados do CNES mostram que o anestesista trabalhou como mastologista, ginecologista e obstetra de junho daquele ano até o mês passado.

A clínica, que se encontra fechada, ocupa duas salas de um prédio comercial. Pessoas que preferiram não se identificar disseram ao Extra que, apesar de constar como sócio e ter vínculo empregatício como pessoa física na clínica, funcionários do prédio disseram que o anestesista nunca foi visto trabalhando no local.

Hospitais cortam vínculos

O anestesista atuou em pelo menos dez hospitais públicos e privados nos últimos três anos. Os hospitais Copa Star e Barra D’Or, Rio Mar e Balbino informaram que o cadastro de Giovanni como médico assistente está suspenso até a conclusão do inquérito policial.

A Unimed-Rio informou ter vetado qualquer possibilidade de atuação do médico em suas unidades. Já a Secretaria de Estado de Saúde (SES) disse que o Bezerra prestava serviço há seis meses como pessoa jurídica para os hospitais estaduais da Mãe, da Mulher e Getúlio Vargas e que as unidades estão em contato com a Polícia Civil para colaborar com as investigações.

O Hospital de Clínicas Mário Lioni decidiu pelo cancelamento imediato do credenciamento de Giovanni como prestador de serviços na unidade.

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