Anestesista é investigado por até 30 casos de estupro, diz Polícia

Polícia investiga conduta de Giovanni Quintella nas cirurgias que acompanhou desde que se formou em anestesiologia

Escrito por Redação ,
Coletiva de imprensa mostra a delegada Bárbara Lomba falando sobre o caso do anestesista que estuprava mulheres.
Legenda: A delegada Bárbara Lomba, à frente do caso, afirmou que foram identificadas 30 possíveis vítimas.
Foto: Reprodução/TV Globo

O médico anestesista Giovanni Quintella, preso em flagrante por estuprar uma mulher dopada durante o parto, está sendo investigado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro por outros 30 possíveis crimes semelhantes.

"São relatos ainda. Precisamos investigar. São 30 [mulheres] já identificadas como possíveis [vítimas]", afirmou, nesta quinta-feira (14), em coletiva para a imprensa, a delegada titular da Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, Bárbara Lomba.

De acordo com a investigadora, o Hospital Estadual da Mãe de Mesquita, referência no atendimento a gestantes pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no RJ, informou que Giovanni acompanhou mais de 20 cirurgias na unidade. Os policiais apuram se, também nesses casos, o anestesista aplicou medicamentos desnecessários ou em excesso.

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Nesta quinta, foram ouvidos depoimentos de duas possíveis vítimas na delegacia, ambas também operadas no último dia (10). "Há muitos indícios de que elas tenham sido vítimas realmente. Já temos informações de que elas foram sedadas também, possivelmente desnecessariamente", afirmou a delegada.

Giovanni é tratado pela delegada como "criminoso em série". 

Diante da repetição das ações criminosas, das características de compulsividade que se observam e da possibilidade de várias vítimas feitas naquelas condições, podemos afirmar que se trata de um criminoso em série”.
Bárbara Lomba
Delegada titular da Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti

Abuso de poder

Para a delegada, "toda essa ação criminosa é repugnante". Ela afirma que o abuso foi, também, de poder, uma vez que Giovanni estava na posição de médico quando cometeu o estupro. "E mais abominante ainda é a vítima estar totalmente indefesa", continuou Bárbara Lomba, referindo-se ao fato de que o anestesista dopava as pacientes para agredi-las.

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Conversa com a vítima

Na coletiva à imprensa, a delegada informou ainda que conversou por telefone com a vítima do caso flagrado no Hospital da Mulher. "Eu quis falar mais pra prestar solidariedade. Dizer que ela se sinta protegida, que não será exposta e que o agressor está preso", comentou a investigadora.

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