Voluntário que atuou no resgate de Juliana Marins recebe R$ 435,5 mil de vaquinha

Arrecadação havia sido suspensa por críticas, mas foi retomada após retirada de taxas da página organizadora

Escrito por
Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 12:46)
Imagens de Agam Rinjani durante expedição que mobilizou as buscas pela brasileira Juliana Marins na Indonésia
Legenda: Agam recebeu R$ 435,5 mil, valor equivalente a pouco mais de 1 bilhão de rúpias indonésias
Foto: reprodução/Instagram

O alpinista Abd Harris Agam, conhecido como Agam Rinjani, voluntário que participou do resgate da brasileira Juliana Marins na Indonésia, recebeu o valor arrecadado em uma vaquinha online após o auxílio dele nas buscas. O valor foi repassado pela página Razões para Acreditar, que iniciou a mobilização, na última terça-feira (8).

Na publicação, a página explicou que foram arrecadados cerca de R$ 518,5 mil, mas a aplicação dos impostos resultou em um repasse de R$ 435,5 mil. A quantia é equivalente a 1,09 bilhão de rúpias indonésias.

"Transferência concluída: Agam já recebeu o valor da vaquinha!", escreveu a página em post no Instagram, explicando como o trâmite foi conduzido para o guia.

Veja também

Críticas à vaquinha

Antes da conclusão da vaquinha, doadores realizaram uma série de críticas após tomarem conhecimento de que a página ficaria com 20% do valor total. 

A organização ficou a cargo da página "Razões para Acreditar", com hospedagem em uma plataforma do Instituto Razões, a Voaa. Todas as campanhas hospedadas no site recebem uma taxa padrão. 

A arrecadação chegou a ser suspensa após as críticas, mas os organizadores desistiram da ideia e retomaram o movimento. Com a mudança, eles se comprometeram a fazer o repasse de forma integral para Agam.

"Atendendo a alguns comentários, publicamos nos stories o comprovante da transferência para o Agam e o nosso reforço público de responsabilidade e transparência", disse a página nas redes sociais. 

Quem é Agam Rinjani?

Nascido em Makassar, no sul da Indonésia, Agam tem mais de 700 mil seguidores no Instagram e é famoso por liderar expedições na ilha de Lombok, onde fica o Monte Rinjani. Foi neste local, inclusive, que estavam Juliana e outros turistas quando a brasileira se desequilibrou e caiu de um penhasco, chegando a mais de 500 metros de profundidade.

Desde os primeiros relatos sobre a queda de Juliana, o indonésio montou uma equipe de voluntários para ajudar nas buscas e passou a compartilhar atualizações sobre o caso em suas redes sociais. 

"Meus sentimentos pela morte da montanhista brasileira. Não pude fazer muito, só consegui ajudar desta forma. Que suas boas ações sejam aceitas por Deus", escreveu ele no Instagram nesta quarta-feira (25), pouco após o grupo conseguir içar o corpo da brasileira.

Assuntos Relacionados