
A Ucrânia e os Estados Unidos iniciaram, nesta terça-feira (11), conversações para buscar um cessar-fogo parcial com a Rússia. A reunião, que acontece na Arábia Saudita, é realizada poucas horas após Kiev realizar o maior ataque de drones contra o território russo, incluindo Moscou, deixando pelo menos três mortos e diversos feridos.
O ministro das Relações Exteriores ucraniano, Andrii Sibiga, e o secretário de Estado americano, Marco Rubio, participam do encontro realizado na cidade de Jidá, às margens do Mar Vermelho.
Negociadores do país do leste europeu propõem uma trégua "aérea e marítima" com a Rússia, conforme detalhou um funcionário de alto escalão à agência AFP, sob a condição de anonimato.
"Estamos prontos para fazer todo o possível para alcançar a paz", disse aos jornalistas o chefe do gabinete da presidência ucraniana, Andrii Yermak, ao entrar na sala de negociações. Ele acrescentou que as conversações começaram "de uma forma muito construtiva".
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Desde a chega à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump pressiona a Ucrânia para acabar com a guerra, iniciada com a invasão russa do país, em fevereiro de 2022.
Por sua vez, o enviado americano para o Oriente Médio, Steve Witkoff, disse que as conversações visam "definir um quadro para um acordo de paz e um cessar-fogo inicial" entre Rússia e Ucrânia. O emissário americano para o Oriente Médio, Steve Witkoff, disse que a reunião em Jidá deve servir para "definir um marco para um acordo de paz e um cessar-fogo inicial" entre Rússia e Ucrânia.
Maior ataque ucraniano com drones
A reunião acontece poucas horas após o maior ataque de drones ucranianos contra a Rússia desde o início da invasão. Autoridades russas afirmaram, no entanto, que a investida, com um balanço provisório de três mortos e vários feridos, foi um fracasso e anunciaram que derrubaram 337 drones, incluindo 91 na região de Moscou e 126 na região de Kursk, fronteiriça com a Ucrânia, ocupada parcialmente pelas forças ucranianas.
"O maior ataque inimigo com drones em Moscou foi repelido", disse no Telegram o prefeito da capital russa, Sergei Sobyanin. Andrii Kovalenko, porta-voz do Centro Governamental Ucraniano contra a Desinformação, um organismo oficial, afirmou que o ataque é "um sinal adicional direcionado ao (presidente russo Vladimir) Putin para encorajá-lo a se interessar por uma trégua aérea".
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