
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta segunda-feira (16) que os moradores de Teerã deixem imediatamente a cidade, endossando os alertas do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que lançou um ataque em massa contra o Irã.
"Todos devem evacuar Teerã imediatamente!", escreveu Trump em sua conta na plataforma Truth Social, durante uma cúpula do G7 no Canadá, sem fornecer mais detalhes. Cerca de 10 milhões de pessoas vivem na capital iraniana.
O alerta ocorre enquanto Israel intensifica seus ataques no Irã, que, segundo o governo israelense, têm como objetivo destruir as atividades nucleares contestadas do Estado teocrático.
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Mais cedo, o Exército israelense emitiu um aviso pedindo que moradores de um distrito de Teerã evacuassem, repetindo a tática usada em Gaza, onde deslocou a maior parte da população palestina desde os ataques de 7 de outubro de 2023.
Trump tem evitado responder diretamente se os Estados Unidos participarão das ações militares israelenses, embora afirme que o país não esteve envolvido nos ataques iniciais. Em conversa anterior com jornalistas na cúpula do G7, que termina nesta terça-feira (17), Trump declarou: "Assim que eu sair daqui, vamos fazer alguma coisa. Mas eu preciso sair daqui antes."
TRUMP DEIXA CÚPULA
Donald Trump deixará prematuramente, na noite desta segunda-feira (16), a cúpula do G7 no Canadá, onde se mostrou mais envolvido no conflito entre Israel e Irã.
Depois de um dia de reuniões com líderes do grupo, Trump recorreu à própria rede, a Truth Social, para apoiar Israel. Pouco depois, a Casa Branca informou que o dirigente deixaria a cúpula um dia antes do previsto pela crise entre Israel, seu aliado, e o Irã.
"Devido aos acontecimentos no Oriente Médio, o presidente Trump partirá esta noite após o jantar com os chefes de Estado", escreveu a secretária de imprensa Karoline Leavitt na rede social X.
Trump tinha reuniões previstas com líderes de México e Ucrânia para esta terça.
Antes do anúncio de sua partida prematura, Trump afirmou, em termos vagos, que um "acordo" será firmado sobre o conflito entre Irã e Israel. "Acho que é idiota da parte do Irã não firmar", disse Trump. "Na realidade, o Irã já está na mesa de negociações, querem chegar a um acordo, assim que eu sair daqui faremos alguma coisa", acrescentou.
O Canadá, anfitrião da cúpula presidencial, organizou o encontro em um resort nas Montanhas Rochosas de Kananaskis para disfarçar as divergências dentro do bloco das principais democracias industriais, um evento que marca o retorno de Trump ao cenário global.
Por ora, nada faz pensar que a reunião do G7, formado por Alemanha, Reino Unido, Canadá, Estados Unidos, França, Itália e Japão, desemboque em uma declaração conjunta sobre o conflito. "Caberá aos americanos decidir", reconheceu um porta-voz do governo alemão.
Trump, que elogiou os ataques israelenses apesar de sua declarada preferência pela diplomacia, disse mais cedo acreditar que um acordo negociado ainda é "alcançável".
Israel atacou importantes instalações nucleares e militares e matou altos comandantes e cientistas nucleares no Irã, que respondeu com sua própria ofensiva de drones e mísseis contra Israel.