Remdesivir não tem evidência de melhora em hospitalizados por Covid-19, afirma OMS
Apenas alguns subgrupos de estudos menores viram benefícios no uso do remédio
O comando da Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que, até agora, não há evidências de que o medicamento remdesivir seja bem-sucedido para auxiliar no tratamento de pacientes hospitalizados por Covid-19, conforme o estudo abrangente Solidarity. A entidade notou, durante entrevista coletiva virtual, que outros estudos menores viram benefícios no uso do remédio, mas apenas em alguns subgrupos.
O antiviral foi recomendado de forma "condicional" em junho de 2020 pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA), tempos depois de estudo apontar eficácia do medicamento contra a Covid-19.
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Soumya Swaminathan, cientista-chefe da instituição, pontuou que alguns estudos menores mostraram "benefícios marginais" com o uso do remdesivir. De acordo com a profissional, a análise do medicamento continua a ocorrer, mas, até o momento, não houve a conclusão de que seu uso poderia ser vantajoso no tratamento da doença.
A diretora técnica da resposta da OMS à pandemia, Maria Van Kerkhove, também se posicionou em relação ao assunto. Conforme Kerkhove, a recomendação da entidade atualmente é de que o medicamento não seja usado, por falta de evidência de sua eficácia.
Em outro momento da coletiva, a diretora técnica alertou para o "aumento exponencial" dos casos da Covid-19 pelo mundo em semanas recentes, enfatizando, mais uma vez, a importância de medidas como o distanciamento social e o uso de máscaras para conter o contágio pelo novo coronavírus.
Kerkhove ainda defendeu que todos os profissionais de saúde do mundo sejam vacinados primeiramente, antes que a imunização passe para outros grupos.
Já Swaminathan, por sua vez, mencionou uma força-tarefa que busca expandir a produção e combater barreiras para a exportação de vacinas, de modo a acelerar a imunização pelo mundo.