Ex-diretora da OceanGate se demitiu após CEO oferecer cargo de piloto do submarino: 'não confiava'
Conforme a mulher, que preferiu não se identificar, a OceanGate contratou "adolescentes" como engenheiros para a criação do submersível
Uma ex-diretora financeira da OcenGate, empresa responsável pelo submarino Titan, afirmou que se demitiu após Stockton Rush, CEO da companhia, oferecer cargo de piloto-chefe da embarcação para ela. As informações são do The New York Times.
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Conforme a mulher, que preferiu não se identificar, a OceanGate contratou "adolescentes" como engenheiros para a criação do submersível. Segundo ela, eles chegavam a receber US$ 15 por hora, e estavam no fim da adolescência ou no início dos 20 anos.
De acordo com a mulher, a vaga para piloto-chefe do submarino surgiu logo após a demissão do piloto originalmente contratado para isso, David Lochridge, levantar preocupações sobre a segurança da embarcação.
“Eu não confiava nele", disse a ex-diretora sobre Stockton Rush.
Sons estranhos
Investigações acerca sobre os procedimentos de segurança do submarino Titan continuam ocorrendo. No fim de junho, a Polícia Real Montada do Canadá publicou uma nota declarando que "as leis criminais, federais ou provinciais podem ser sido violadas".
Segundo noticiado pela CNN, o especialista em submarinos Kark Stanley esteve a bordo do Titan para uma excursão submarina na costa das Bahamas em abril de 2019 e, de acordo com ele, foram ouvidos altos ruídos no submersível.
"O que ouvimos, na minha opinião… soou como uma falha/defeito em uma área sendo afetada pelas tremendas pressões e sendo esmagada/danificada”, escreveu Stanley no e-mail, cuja cópia foi obtida pela CNN.
“Pela intensidade dos sons, o fato de nunca terem parado totalmente em profundidade e o fato de haver sons a cerca de 90 metros que indicavam um relaxamento da energia armazenada/indicaria que há uma área do casco que está quebrando/ficando esponjosa”, finalizou Stanley.