Faixa de Gaza deve ficar sem energia após Israel anunciar corte do fornecimento de eletricidade na região

Ordem foi dada durante mensagem em vídeo neste domingo (9) feita pelo ministro israelita da Energia

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 18:16)
Os poucos hospitais da região dependem de geradores a gasolina; sem eletricidade, as atividades deste e de outros lugares serão comprometidas.
Legenda: Os poucos hospitais da região dependem de geradores a gasolina; sem eletricidade, as atividades deste e de outros lugares serão comprometidas.
Foto: AFP/SAID KHATIB

Uma das áreas mais conflituosas do mundo, a Faixa de Gaza deve ficar sem energia após ordem de corte imediato do fornecimento de eletricidade na região. A decisão foi comunicada neste domingo (9) pelo ministro israelita da energia, Eli Cohen, por meio de mensagem em vídeo.

Segundo ele, "chega de conversa, é hora de agir", conforme publicação no próprio perfil dele no X, antigo Twitter. "Assinei uma ordem para cortar imediatamente a eletricidade na Faixa de Gaza". Quando ocorrer, a situação deixará milhares de pessoas em momentos desafiadores.

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Para se ter uma ideia, conforme informações da Agência Brasil, os poucos hospitais ainda em funcionamento na região dependem de geradores a gasolina. Sem eletricidade, as atividades deste e de outros lugares serão comprometidas.

Na mesma mensagem em vídeo publicada, Eli Cohen complementou afirmando que Israel utilizará "todos os meios à sua disposição para garantir o regresso de todos os reféns israelitas" e que "o Hamas não permanecerá em Gaza depois da guerra".

Como a situação impacta a Faixa de Gaza

A única eletricidade que Israel vende atualmente à Faixa de Gaza é para o funcionamento da própria estação do país, voltada para o tratamento de esgoto. Com a diretiva, até esse local será suprimido.

Algo que agrava todo esse panorama é o fato de que a medida acontece uma semana depois de Israel também ter proibido a entrada de ajuda na Faixa de Gaza. O Hamas descreveu a ação como "uma tentativa flagrante de fugir ao acordo (de cessar-fogo) e evitar entrar em negociações para a segunda fase".

Um agravante do panorama é o fato de que a medida acontece uma semana depois de Israel também ter proibido a entrada de ajuda na Faixa de Gaza
Legenda: Um agravante do panorama é o fato de que a medida acontece uma semana depois de Israel também ter proibido a entrada de ajuda na Faixa de Gaza
Foto: Eyad BABA / AFP

O cessar-fogo impactou nos combates mais sangrentos entre Israel e Hamas, desencadeados pelo ataque ao sul de Israel há pouco menos de dois anos, em 7 de outubro de 2023.

A morte de cerca de 1.200 pessoas e 251 reféns foram resultado do ataque do Hamas. Por outro lado, a ofensiva militar de Israel matou mais de 48 mil palestinos. Conforme o Ministério da Saúde de Gaza, a maioria eram crianças e mulheres.

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