Fotógrafo atingido na cabeça durante protestos na Argentina é internado em estado grave; veja vídeo

Pablo Nahuel Grillo, de 35 anos, documentava o protesto quando foi atingido por uma bomba de gás lacrimogêneo

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 16:21)
Pablo Nahuel Grillo é atingido por bomba na Argentina
Legenda: Segundo familiares do fotógrafo, Pablo Nahuel Grillo está em situação grave por ter sofrido fratura no crânio
Foto: JUAN FOGLIA / AFP

Um fotógrafo está em estado grave após ter sido atingido na cabeça pela polícia durante um protesto em Buenos Aires, na Argentina, na última quarta-feira (12). O homem foi identificado como Pablo Nahuel Grillo, de 35 anos, e sabe-se que ele estaria documentando um protesto contra o presidente Javier Milei, quando foi atingido por uma bomba de gás lacrimogêneo.

Nas imagens do ocorrido, é possível ver o momento em que o fotógrafo está atrás de um objeto em chamas, mas logo em seguida é atingido. O socorro a Grillo foi prestado pelos próprios manifestantes que estavam no local, que auxiliaram no encaminhamento do fotógrafo ao hospital.

Informações do jornal argentino La Nación apontam que o ferimento foi causado pelo impacto da cápsula da bomba na cabeça do fotógrafo. Agora, ele segue internado no Hospital Ramos Mejía, em Buenos Aires, e precisou de uma cirurgia após ter sofrido fratura no crânio e perda de massa encefálica.

Pablo Nahuel Grillo foi atingido em meio a um confronto entre agentes de segurança e manifestantes. A reivindicação era realizada por um movimento por reajustes nas pensões e melhores condições para aposentados. 

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Fabian Grillo, pai do fotógrafo, culpou a ministra de Segurança, Patricia Bullrich, e o presidente Javier Milei pelo ocorrido. "Por culpa de uma bêbada filha da p... e de um desequilibrado que fala com um cachorro morto, a vida do meu filho está em risco", disse ele, apontando que "ser militante é um orgulho".

Governo argentino responde

Em resposta, por meio do chefe de gabinete Guillermo Francos, o governo definiu o caso como um "acidente imprevisto" e disse que os manifestantes buscavam uma "espécie de golpe de estado". 

"A polícia não lança gás lacrimogêneo diretamente em uma pessoa, lança para que caia e provoque a dispersão dos manifestantes, para os desmobilizar. Às vezes, pode acontecer uma situação que gere um acidente lamentável. Espero que a pessoa ferida possa se recuperar", disse Francis.

Ao todo, 60 pessoas foram detidas em manifestação. Enquanto isso, seis policiais teriam ficado feridos, segundo apontaram as autoridades argentinas. 

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