EUA prendem 475 imigrantes em fábrica da Hyundai no estado da Geórgia
Maior operação do ICE em um único dia nos 22 anos do órgão
Agentes da Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE) prenderam, na noite de quinta-feira (4), 475 trabalhadores de uma fábrica de baterias da Hyundai no estado da Geórgia.
A ação foi classificada como a maior operação de fiscalização em um único local nos 22 anos de existência do órgão.
Segundo o agente especial Steven Schrank, responsável pela investigação, os presos são, em maioria, cidadãos coreanos.
Irregularidades na contratação
De acordo com o ICE, os imigrantes não tinham autorização legal para trabalhar nos EUA, portando apenas vistos temporários de turismo ou negócios.
A operação foi realizada com base em mandados de busca autorizados pela Justiça, dentro de um inquérito que apura práticas ilegais de emprego e crimes federais.
O Departamento de Segurança Interna (DHS) informou em comunicado que a ação busca “proteger empregos para os georgianos, garantir igualdade de condições para empresas que cumprem a lei e evitar a exploração de trabalhadores”.
Veja também
Reação do governo Trump
O presidente Donald Trump confirmou a operação nesta sexta-feira (5) e declarou que os detidos eram “imigrantes ilegais”.
“As autoridades americanas estavam fazendo seu trabalho. O presidente Trump continuará cumprindo sua promessa de tornar os Estados Unidos o melhor lugar do mundo para se fazer negócios, ao mesmo tempo em que aplicará as leis federais de imigração”, afirmou a porta-voz da Casa Branca, Abigail Jackson.
O Departamento de Justiça relatou que alguns trabalhadores tentaram fugir e chegaram a ser encontrados próximos a um lago de esgoto na área da fábrica.
Impactos econômicos
Com a ação, as obras em andamento na unidade da Hyundai foram paralisadas. O local é considerado um dos maiores investimentos da montadora nos EUA, parte de um pacote de US$ 26 bilhões anunciados em meio a acordos comerciais recentes.
O Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul lamentou o episódio e demonstrou preocupação: “As atividades econômicas de nossas empresas que investem nos Estados Unidos e os interesses de nossos cidadãos não devem ser indevidamente violados durante a aplicação da lei americana”.