EUA enviam o maior porta-aviões do mundo para a América do Sul

Movimentação ocorre em meio à escalada de tensões na região.

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 19:48)
Embarcação USS Gerard R Ford em alto mar. Imagem usada em matéria sobre EUA enviar embarcação para a América do Sul.
Legenda: O USS Gerald R. Ford, movido a energia nuclear, é o navio-chefe de um agrupamento de ataque que leva o mesmo nome e inclui três contratorpedeiros.
Foto: Divulgação / Secretaria de Guerra dos Estados Unidos.

Os Estados Unidos anunciaram, nesta sexta-feira (24), o envio do USS Gerald R. Ford, o maior porta-aviões do mundo, para águas próximas à América do Sul.

A informação foi confirmada pelo secretário de Guerra, Pete Hegseth, que classificou a embarcação como “a plataforma de combate mais poderosa, adaptável e letal já construída”.

A decisão reforça o aumento da presença militar americana na região, que vem se intensificando nos últimos meses em meio à tensão com países sul-americanos, especialmente Venezuela e Colômbia.

O anúncio foi feito no mesmo dia em que Washington confirmou o décimo ataque a uma embarcação suspeita de envolvimento com o narcotráfico internacional.

Veja anúncio do ataque

Na quinta-feira (23), o governo americano também havia divulgado exercícios militares em Trinidad e Tobago, país caribenho localizado a poucos quilômetros da costa venezuelana.

Embarcação da USS Gerard R Ford seguindo sob escolta de outros navios menores. Imagem usada em matéria sobre EUA enviar embarcação para a América do Sul.
Legenda: Os EUA passam a ter mais de 10 mil militares posicionados na região do Caribe. Metade deles está embarcada em oito navios de guerra.
Foto: Divulgação / Secretaria de Guerra dos Estados Unidos.

A frota enviada

O USS Gerald R. Ford, movido a energia nuclear, é o navio-chefe de um agrupamento de ataque que leva o mesmo nome e inclui três contratorpedeiros — USS Mahan, USS Bainbridge e USS Winston Churchill —, além de esquadrões de caças F/A-18 e helicópteros MH-60.

Com o reforço, os EUA passam a ter mais de 10 mil militares posicionados na região do Caribe. Metade deles está embarcada em oito navios de guerra, enquanto o restante permanece em Porto Rico, território sob jurisdição norte-americana.

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Operações e tensão diplomática

Na noite de quinta, um novo bombardeio americano afundou o décimo barco supostamente ligado ao tráfico de drogas, elevando o número de mortos nessas operações para 43. 

Horas antes, o presidente Donald Trump havia afirmado na Casa Branca que pretende autorizar operações terrestres contra grupos de narcotráfico, que ele equiparou a organizações terroristas.

As declarações provocaram reações imediatas de Colômbia e Venezuela, que classificaram as ações e ameaças de Trump como “atos de intimidação” e alertaram para o risco de uma escalada militar na América do Sul.

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