'Ele se afastou para fumar', pai de Juliana Marins critica conduta de guia da trilha na Indonésia
Manoel Marins viajou para a Indonésia para acompanhar o resgate da filha

O pai de Juliana Marins revelou, em entrevista ao Fantástico de domingo (29), que o guia de trilha na Indonésia se afastou para fumar durante o percurso. Conforme Manoel Marins, a conduta do guia de turismo influenciou na morte da filha de 26 anos, que caiu de um penhasco no Monte Rinjani.
"Juliana falou para o guia que estava cansada e o guia falou: 'senta aqui, fica sentada'. O guia nos disse que ele se afastou por cinco a dez minutos, de onde Juliana, estava para fumar. Para fumar", ressaltou.
Após cinco a dez minutos de caminhada, ele retornou. "Quando voltou, não encontrou Juliana. Isso era por volta de quatro horas da manhã, quando encontrou Juliana, já era por volta das seis da manhã", acrescentou.
O acidente ocorreu na madrugada do dia 21 de junho, no horário da Indonésia. Quando o guia percebeu o acidente, avisou ao chefe. No entanto, ao invés de já buscarem a Defesa Civil do país, entraram em contato primeiro com brigadistas, que chegaram apenas com uma corda.
"O único equipamento que eles tinham era uma corda, e sabe o que o guia tentou fazer? Jogar a corda na direção da Juliana. O guia depois, no desespero, amarrou a corda na cintura e tentou descer com essa corda amarrada na cintura, sem ancorar a corda".
Foi só após essas tentativas sem sucesso que chamaram a Defesa Civil. Ainda assim, o resgate foi realizado por voluntários.
Veja também
Primeira autópsia de Juliana Marins
Na última quinta-feira (26), o corpo da brasileira foi submetido a uma autópsia no Hospital Bali Mandara, na província indonésia de Bali. Ela precisou ser transportada do Hospital Bhayangkara, localizado próximo ao vulcão Rinjani, até Bali, pois o local não dispunha de peritos.
O resultado do exame, revelado na sexta-feira (27), indicou que um trauma contundente na região do tórax teria sido a causa da morte da publicitária, conforme a BBC.
O especialista forense Ida Bagus Alit detalhou, à imprensa, que a jovem de 26 anos teve sangramento e órgãos internos danificados devido a fraturas no tórax, ombro, coluna e coxa; e arranhões e escoriações.
"A vítima sofreu ferimentos devido à violência e fraturas em diversas partes do corpo. A principal causa de morte foram ferimentos na caixa torácica e nas costas", ressaltou o médico.