Seis homens morrem e 15 pessoas são presas em confronto com policiais na Bahia
Estado vive escalada de violência desde o último mês de julho
Seis homens morreram e 15 pessoas foram presas em confrontos com policiais durante a operação 'Saigon', na manhã desta sexta-feira (22), que cumpre 43 mandados de prisão e busca e apreensão. O caso aconteceu na região de Águas Claras, em Salvador. Os mandados também são cumpridos em Feira de Santana e em presídios locais, segundo o G1.
Das seis mortes, cinco foram em Salvador e uma foi em Feira de Santana. Entre os mortos, estão Eduardo dos Santos Cerqueira, conhecido como Firmino, tido pela Polícia como um dos chefes do tráfico de drogas em Águas Claras e mandante de diversos homicídios na localidade. Outro investigado que acabou morto foi Gilmar Santos de Lima, conhecido como Capenga, que já teve passagens no sistema prisional por tráfico de drogas e homicídio. A Polícia o apontou como gerente do tráfico na região.
"Esse grupo é responsável por mais de 30 homicídios. É uma operação resultante do trabalho investigativo de mais de um ano conduzidas por equipes do DHPP, que reuniram informações de campo e utilizaram análises de dados de Inteligência e técnicas investigativas modernas, reunindo elementos de prova contra a atuação dos criminosos e permitindo a representação por medidas cautelares de prisão e busca e apreensão contra integrantes da organização", explicou ao G1 a diretora do DHPP, Andréa Ribeiro.
Na operação policial, também foram presas e encaminhadas à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) a mãe e a esposa de Capenga. Elas estavam com drogas e R$ 8 mil em espécie, além de uma arma. Além disso, foi cumprido um mandado de prisão no sistema prisional contra um suspeito de homicídio.
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Onda de violência na Bahia
De acordo com o G1, a Bahia vive uma onda de violência desde julho. Em uma semana, entre 28 de julho e 4 de agosto, pelo menos 30 pessoas foram mortas em diferentes confrontos com policiais militares. O caso chamou atenção, inclusive, do ministro dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC), Silvio Almeida, que acionou a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos para acompanhar a situação.
Além disso, também foram registrados diversos confrontos armados em Salvador.