Caso grave de gripe aviária é registrado nos EUA; Califórnia declara estado de emergência

Sintomas podem influir febre alta, tosse, desconforto respiratório e, em alguns casos, náusea, vômito e diarreia

Foto de uma galinha branca com penas finas em uma gaiola, olhando diretamente para a câmera, destacando seus detalhes como o bico e a crista.
Legenda: A influenza aviária como uma doença infecciosa que pode infectar aves e mamíferos, incluindo humanos.
Foto: Ulises Ruiz / AFP

Os Estados Unidos registraram, na última quarta-feira (18), o primeiro caso grave de gripe aviária H5N1 em humanos, segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC). O país vem enfrentando um surto da doença entre vacas-leiteiras e trabalhadores de fazendas. As informações são do jornal O Globo.

A origem da doença no paciente em questão, que segue hospitalizado, está provavelmente no seu contato com aves acometidas.

Segundo O Globo, os Estados Unidos, atualmente apontados como o epicentro do H5N1, contabilizam 10,8 mil aves selvagens infectadas e 123 milhões de aves de criação atingidas em granjas espalhadas pelos 50 estados. No caso das vacas-leiteiras, após a detecção inédita da doença nessa espécie em março, já foram afetados 865 rebanhos em 16 estados do país.

Diante da situação, Gavin Newsom, governador da Califórnia, estado que concentra mais da metade dos casos em humanos, declarou estado de emergência na quarta-feira. Ele explicou que a medida visa “assegurar que as agências governamentais disponham dos recursos e da flexibilidade necessários para responder de forma ágil a este surto”. No entanto, ressaltou que o risco para a população em geral “continua baixo”.

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O que é a gripe viária?

O Ministério da Saúde do Brasil define a influenza aviária como uma doença infecciosa que pode infectar aves e mamíferos, incluindo humanos.

Ainda conforme a pasta, quando os vírus da influenza aviária estão em circulação entre aves, há sempre o risco de casos isolados em humanos devido à exposição direta a aves infectadas ou a ambientes contaminados. Por isso, controlar a doença nos animais é crucial para diminuir os riscos à saúde humana e ao meio ambiente. 

Manifestações clínicas

Progressão da doença

  • Quadro leve: pode se manifestar como uma infecção respiratória leve.
  • Evolução grave: rápida progressão para desconforto respiratório, pneumonia grave e, em alguns casos, óbito.

Sintomas comuns

  • Febre alta (maior ou igual 38 °C).
  • Tosse, seguida de dificuldade para respirar (dispneia) ou desconforto respiratório.

Sintomas relatados com maior frequência

  • Náusea
  • Vômito
  • Diarreia

Sintomas menos frequentes

  • Dor de garganta
  • Coriza

Outros sinais relatados incluem:

  • Dor abdominal.
  • Sangramentos nasais ou gengivais.
  • Encefalite.
  • Dor no peito.
  • Possíveis complicações
  • Pneumonia grave.
  • Insuficiência respiratória.
  • Falência de múltiplos órgãos.
  • Choque séptico.
  • Infecções secundárias (bacterianas ou fúngicas).

Transmissão

De aves para humanos

Aves infectadas podem liberar o vírus através da saliva, secreções, mucosas e fezes. Geralmente, o contágio em humanos acontece por exposição desprotegida (sem uso de EPI como luvas, máscaras, respiradores, roupas de proteção ou proteção ocular) a aves infectadas.

  • Contato direto: inalação de partículas ou gotículas contendo o vírus.
  • Contato indireto: toque em superfícies contaminadas seguido de contato com olhos, boca ou nariz.

Entre humanos

  • Transmissão pessoa a pessoa é extremamente rara e ocorre somente em situações de contato próximo e prolongado, sem proteção adequada.
  • Quando ocorre, a transmissão é limitada, ineficiente e não sustentada.
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