Três presos com 346,8 kg de cocaína no Porto do Pecém são ligados a empresa prestadora de serviço
Segundo a Polícia Federal, dois suspeitos são sócios da empresa
Os três homens presos nesta sexta-feira (11) em ação da Polícia Federal (PF) e da Receita com 346,8 kg de cocaína, no Porto do Pecém, na Grande Fortaleza, são ligados a uma empresa que presta serviços terceirizados para o Porto, segundo as investigações da PF. O trio era monitorado desde que pediu credenciamento para entrar na área e foi descoberto a partir de uma operação que flagou 330 kg de cocaína em 2019 no mesmo terminal.
De acordo com a PF, dos três suspeitos, dois deles são sócios da empresa, e o outro, empregado. Eles vão responder pelos crimes de tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico, cujas penas podem variar de sete a 25 anos de reclusão. As identidades dos presos e o nome da empresa não foram divulgados.
Investigação desde 2019
O flagrante se deu a partir de uma prisão feita em operação de 2019, que apreendeu 330 kg de cocaína também no Porto do Pecém. "Foi iniciado um trabalho de inteligência em conjunto entre PF e Receita Federal, e a partir dos estudos feitos, desses dados, se chegou à identificação provável dessas pessoas, que havia uma possibilidade deles estarem fazendo um ingresso de drogas no Porto, com destino ao exterior", disse o delegado regional da PF de Combate ao Crime Organizado, Paulo Henrique Oliveira.
Droga seria embarcada em contêiner
Segundo o delegado, no momento da abordagem na sexta, foram encontradas várias caixas sendo preparadas para embarque em um contêiner que iria para fora do Brasil. "Foram encontradas várias caixas contendo cocaína. Foi feito teste na hora e foi verificado que se tratava de cocaína, e essas caixas já estavam sendo arrumadas para serem ingressadas dentro de um contêiner que iria para o exterior", disse o delegado da PF.
Os suspeitos eram monitorados pela PF desde que um credenciamento foi pedido para entrar no porto. "Para ter acesso ao Porto do Pecém, todas as pessoas precisam ser credenciadas. O que aconteceu é que através de um trabalho de inteligência entre a Receita Federal e a Polícia Federal, eles já vinham monitorando essas pessoas e houve um pedido recente de credenciamento. Fizemos a abordagem próximo ao terminal de múltiplo uso", afirmou o delegado da Alfândega, Carlos Wilson Albuquerque.
O Complexo do Pecém disse que o Porto tem vigilância "24h/7x por semana, além de scanner para contêineres e sistema de monitoramento com câmeras de vigilância, inclusive em toda a sua área alfandegada". O Complexo disse ainda que "enaltece a operação realizada nesta sexta-feira (11) pela Polícia Federal, em conjunto com a Receita Federal do Brasil, nas dependências do terminal portuário do Pecém" e destacou a "permanente colaboração com todas as autoridades e órgãos competentes, sempre presentes em nossas operações".