Quatro acusados de traficar drogas em Fortaleza e Caucaia são absolvidos na Justiça do Ceará

O grupo passou a ser investigado em 2018, após a análise de interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça

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Redação seguranca@svm.com.br
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Legenda: De acordo com o MP, em 2018, relatórios de Inteligência apontaram que membros ativos da facção criminosa armada Guardiões do Estado (GDE) planejavam um ataque no bairro Patrícia Gomes, na Caucaia, porque a região era dominada pelo Comando Vermelho (CV).
Foto: Natinho Rodrigues

A Justiça do Ceará decidiu absolver quatro acusados e condenar outros nove pelo crime de tráfico de drogas. Segundo a denúncia, os acusados eram ligados ao narcotráfico agindo em Fortaleza e na cidade de Caucaia, Região Metropolitana.

Para o Judiciário, "verdade é que existia um planejamento do tráfico de drogas, que envolvia o recebimento/preparação/distribuição/comercialização de entorpecentes", mas "após análise minuciosa não ficou demonstrado o envolvimento dos denunciados", se referindo aos inocentados pelo crime, após três anos desde a denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE).

Os absolvidos são: Kelviany Castro de Souza, Amanda Emily Mendonça de Araújo, Francisco Wellington Sales da Cunha e Pedro Elias Mendes Rodrigues. O advogado Taian Lima, que representa a defesa de Wellington, disse que "recebeu a sentença absolutória com júbilo, pois foram anos de trabalho árduo e técnico. Inicialmente para o Judiciário reconhecer a incompetência da Vara de Delitos de Organizações Criminosas em processar e julgar o caso, e por último, provar a inocência do nosso constituinte. Justiça foi feita".

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De acordo com o juiz da 1ª Vara de Delitos de Tráfico de Drogas, em sentença do dia 2 de setembro de 2025, apesar das negações das acusações, os relatórios das interceptações telefônicas e de extração de dados dos celulares apreendidos apontaram o envolvimento de parte do grupo com os crimes apontados na denúncia.

QUEM SÃO OS CONDENADOS

  • João Eudes Fernandes Silva: pena de 6 anos e 8 meses de reclusão
  • Manoel Alexandre Bezerra de Freitas: 5 anos de reclusão 
  • Israel Sampaio da Rocha: 5 anos de reclusão
  • Hermany de Oliveira dos Santos: 5 anos de reclusão
  • Daniel Alison da Silva: 5 anos de reclusão
  • Reginaldo Pereira da Silva: 5 anos de reclusão
  • André Celestino Teixeira: 5 anos de reclusão
  • Diogo Costa Carvalho: 5 anos de reclusão
  • Carlos Augusto Bruno de Sousa: 5  anos de reclusão

Os acusados Manoel Alexandre Bezerra de Freitas e Hermany de Oliveira dos Santos não compareceram em juízo para realizar o interrogatório. As demais defesas não foram localizadas. 

INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA

De acordo com o MP, em 2018, relatórios de Inteligência apontaram que membros ativos da facção criminosa armada Guardiões do Estado (GDE) planejavam um ataque no bairro Patrícia Gomes, na Caucaia, porque a região era dominada pelo Comando Vermelho (CV).

No dia 12 de dezembro daquele ano policiais civis montaram vigilância para impedir o confronto e "consequentemente as mortes que estavam sendo planejadas".

O ataque não aconteceu, mas dois homens foram presos em flagrante: Antônio Rafael de Sousa, o 'Catu' , e Antônio Marcos Xavier dos Santos, o 'Marcão'. As capturas desencadearam investigações e interceptação telefônica até que as autoridades chegaram aos nomes dos demais suspeitos.

O processo começou a tramitar na Vara de Delitos de Organizações Criminosas, mas após não ficar comprovada a ligação entre os investigados, houve declínio de competência para a 1ª Vara de Delitos de Tráfico de Drogas.

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