Mulher acusada de matar o marido em Fortaleza é inocentada pela Justiça

O juiz considerou não haver provas suficientes para levar a mulher ao Tribunal do Júri

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Legenda: Conforme a acusação, o crime aconteceu por motivo torpe para "acobertar uma traição da denunciada".
Foto: José Leomar

A Justiça decidiu impronunciar a acusada Elizângela Dias Venâncio pela suposta prática de homicídio contra o marido. Com esta decisão, a mulher não irá a julgamento popular devido ao assassinato de Antônio Reginaldo Mendes dos Santos, ocorrido no ano de 2005.

A decisão foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico (DJE) nesta semana. De acordo com o juiz da 2ª Vara do Júri, não há provas suficientes para "ligar a acusada aos fatos narrados na denúncia, a ponto de justificar o julgamento em Plenário do Júri, posto que a prova é claramente frágil para justificar a pronúncia".

Elizângela só foi presa pelo crime no fim do ano passado, durante a ‘Operação Focus’, no bairro Prefeito José Walter, em Fortaleza, e solta no último dia 10 de setembro. 

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"Quanto aos indícios de autoria, compulsando os autos, com base nos depoimento das testemunhas colhidos na fase instrutória, entendo como insuficientes os indícios de que a acusada contribuiu para o homicídio da vítima"
Juiz da 2ª Vara do Júri, na sentença de impronúncia

O QUE DIZ A DENÚNCIA

Outro acusado pelo crime é Neném Pereira da Silva, suposto amante de Elizângela. Na sentença de pronúncia não há informações sobre se Neném vai ou não ao Júri Popular.

Conforme a acusação, o crime aconteceu por motivo torpe para "acobertar uma traição da denunciada".

A vítima já vinha desconfiando que vinha sendo traída e teria simulado que ia viajar, de repente voltou para casa e encontrou a mulher com o amante. 

Ainda de acordo com a denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE), Elizângela e Neném foram surpreendidos pela vítima, no bairro Passaré. A mulher teria pego uma arma e entregue para o amante, pedindo que ele disparasse contra Antônio Reginaldo.

O filho do casal, de 9 anos, teria presenciado o crime. Ele teria contado aos investigadores que os acusados estavam juntos na residência da vítima e que quando o pai chegou se deitou em uma rede e foi surpreendido por um tiro disparado por Neném.

Na versão do menino, só depois ele viu a mãe indo ao pai e saindo da casa atrás do acusado. Elizângela negou participação no crime, tendo dito em juízo que estava tomando banho quando escutou o disparo e que só saiu da casa por temer pela sua integridade.

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