Homem condenado a 150 anos de prisão por estupros e mortes de mulheres no CE terá regime semiaberto
Ex-bancário fazia parte de "Escritório do Crime" no Cariri que sequestrava, estuprava e matava mulheres entre 2001 e 2002
O ex-bancário Sérgio Brasil Rolim, condenado a 150 anos de prisão pela morte e estupro em série de mulheres no Ceará, ganhou progressão de regime e poderá ir ao semiaberto, após manifestação do Ministério Público (MPCE). Ele está preso desde 2002, e sua condenação mais recente foi em 2022, quando 32 anos foram somados a sua pena anterior de 118 anos.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE), Sérgio tem o direito de progressão de pena desde 2024, mas inicialmente o benefício foi indeferido, pois houve determinação para um exame criminológico. Neste ano, o teste foi realizado e teve resultado positivo, segundo o MPCE.
"Realizado o exame, com resultado favorável, o Ministério Público do Ceará se manifestou pela concessão da progressão de regime", informa o TJCE.
Ainda não há previsão para o criminoso deixar a prisão, pois o processo aguarda "cumprimento de diligências para reanálise do benefício legal". O homem matou mulheres nos municípios de Araripe, Barbalha, Crato, Juazeiro do Norte e Missão Velha.
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Mulheres eram estranguladas e estupradas
O ex-bancário era parte principal de um grupo criminoso chamado "Escritório do Crime", que sequestrava, estuprava e estrangulava mulheres na região do Cariri cearense entre 2001 e 2002. A primeira vítima dele teria sido a vendedora de joias Telma de Souza Lima, em 25 de maio de 2001, na Serra do Araripe, em Crato.
A organização criminosa foi desbancada após o depoimento de uma adolescente de 15 anos que alegou ter sido estuprada por Sérgio Rolim. O "escritório" funcionava no prédio de um lava a jato desativado no centro de Juazeiro do Norte.
No total, Sérgio teria assassinado sete mulheres. No último julgamento, em 2022, o "serial killer" foi sentenciado por matar Maria Aparecida Pereira da Silva e Vaneska Maria da Silva asfixiadas no município de Missão Velha.
Além dos assassinatos de mulheres, Rolim foi condenado pela morte do mototaxista Ricardo Guilhermino dos Santos.
A matança fazia parte do modus operandi do "Escritório do Crime", que também cometia mortes por "queima de arquivo", para evitar que as atividades criminosas vazassem.