Sérgio Rolim afirma que não executou vendedora de jóias

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Redação producaodiario@svm.com.br
Juazeiro do Norte (Sucursal) - A primeira audiência do caso que apura o assassinato da vendedora de jóias Telma de Souza Lima, aconteceu no interior da Penitenciária Industrial e Regional do Cariri (PIRC), onde o principal acusado está preso há dois anos. A vítima foi morta, por estrangulamento, no dia 25 de maio de 2001 e o corpo encontrado em cima da Serra do Araripe, no Município de Crato, onde a mesma residia. Ela teria sido a primeira vítima do ‘Serial-Killer’ no Cariri.

O ex-bancário Sérgio Brasil Rolim é acusado de participação no assassinato de cinco mulheres e mais um mototaxista, todos crimes acontecidos nos municípios de Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha. O interrogatório dele foi realizado pela juíza de Direito da 1ª Vara da Comarca do Crato, Maria Lúcia Falcão, que não permitiu o acesso de cinegrafistas e fotógrafos na sala de audiências da PIRC. Sérgio Rolim disse apenas que não tinha nada a declarar sobre o assassinato de Telma de Souza e a oitiva foi encerrada.

PROCESSOS - Apenas na 1ª Vara da Comarca de Crato, ele responde três processos. Além deste caso, o ex-bancário é acusado de envolvimento no assassinato do mototaxista Ricardo Guilhermino dos Santos e da estudante Ana Amélia Pereira de Alencar. Já na 3ª Vara, Sérgio Rolim responde a um outro processo, no qual é acusado de estuprar uma adolescente de 15 anos. Teria sido através do depoimento dela que a Polícia descobriu o chamando ‘Escritório do rime’, que funcionava no prédio de um lava-jato que estava fechado, no Centro de Juazeiro.

O ex-bancário está preso há dois anos na penitenciária do Cariri, onde o clima, ontem, era de revolta entre os parentes de Telma de Souza, que foi estuprada, amordaçada e estrangulada. Eles ficaram do lado de fora da PIRC, juntamente com representantes da União das Mulheres Cearenses (UMC). A juíza Lúcia Falcão disse que vai enfrentar dificuldades para agilizar o processo do Caso Telma, que foi a primeira de sete mulheres assassinadas em dois anos na região do Cariri.

As manifestantes, porém, pediram pressa no julgamento do processo, observando que a primeira audiência está sendo realizada três anos após a morte da vendedora de jóias. Ele permaneceu durante dois anos nas mãos da Polícia, ainda durante a fase do inquérito, e o restante do tempo com o representante do Ministério Público. A próxima audiência do caso será no dia 14 de julho, no Fórum Hermes Paraíba, no Crato.