Dona de loja de luxo acusada de fazer empréstimos em nome de clientes é presa em Juazeiro do Norte
Além da loja, os suspeitos também aplicavam golpes em paciente da Clínica de Reabilitação CERAI
Foragida há 8 meses, Cícera Marciana Cruz da Silva, de 45 anos, foi presa em Juazeiro do Norte, na tarde desta segunda-feira (13). Conhecida como Ana Cruz, a mulher é suspeita de aplicar golpes contra clientes de uma loja de luxo de móveis Maison e da Clínica de Reabilitação CERAI, realizando empréstimos em seus nomes.
A acusada foi denunciada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Cícera deve passar por audiência de custódia nesta terça-feira (14).
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Conforme a denúncia do MPCE, os suspeitos se apropriavam dos dados cadastrais dos clientes da loja de móveis e da clínica de reabilitação para dar entrada em empréstimos bancários. O bando adquiria o dinheiro e as vítimas ficavam em débito com agências.
Além de Ana Cruz, há ainda outros suspeitos envolvidos no esquema criminoso que estão foragidos. São eles: Iorlando Silva Freitas, Irineide Beserra Bragara e Marcelo Sousa Miranda. Laynnara Pereira Gonçalves, responsável por cooptar as vítimas, foi presa em setembro de 2023.
Empréstimos superiores R$ 517 mil a uma só vítima
As vítimas teriam o nome inscrito no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC/Serasa), devido a inadimplência. Uma das pessoas afetadas teve 11 contratos de financiamento abertos no valor de R$ 517 mil. Outros empréstimos estão entre R$ 23 mil e R$ 318 mil.
Relembre o caso
Empresários donos da loja Maison Móveis e Decoração, em Juazeiro do Norte, na região do Cariri, foram investigados pela Polícia Civil por supostamente usarem dados de clientes para aplicação de golpes milionários. Uma vendedora do estabelecimento comercial, que seria a responsável pela captação das informações das vítimas, foi presa, em setembro de 2023.
O caso chegou ao conhecimento da Polícia Civil por meio de boletins de ocorrência registrados por ao menos cinco das vítimas. Segundo elas, foram feitos empréstimos bancários de mais de R$ 1 milhão em seus nomes para compra de imóveis. "
A funcionária da loja, identificada como Layannara Gonçalvez, teria se apossado dos dados pessoais dos clientes com o argumento de que precisava de uma quantidade mínima de informações cadastrais para bater a meta mensal da empresa
O grupo é investigado por crimes como lavagem de dinheiro, estelionato e formação de quadrilha.