Cinco pessoas são presas no Ceará por roubos de caminhonetes de luxos que eram levadas para fronteira do Brasil
Cúpula da organização tem base em Fortaleza, apontou delegado Divisão de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV) do Distrito Federal

Uma megaoperação que envolveu a Polícia Civil do Ceará e a Divisão de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV) do Distrito Federal, resultou na prisão de vinte pessoas sob a acusação de participarem de uma organização criminosa com ramificações interestaduais, especializada no furto qualificado de caminhonetes de alto luxo. Na ação, realizada na manhã desta quinta-feira (13), cinco pessoas foram presas em Fortaleza.
Ao todo, nove mandados de prisão preventiva foram cumpridos contra alvos que se encontravam escondidos no Ceará, destes, cinco estavam em liberdade. Outros dois mandados ligados a ações no Estado foram cumpridos no Distrito Federal.
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Em entrevista à TV Verdes Mares, no "Bom Dia Ceará", o delegado Konrad Rocha — responsável pela DRFV do DF — explicou que a cúpula da organização tem base na Capital cearense e foi desmantelada após um ano de investigações.
"Esses elementos indicam uma ramificação interestadual, com a cúpula da organização oriunda do município de Fortaleza, no Ceará. Isso justificou o deslocamento de um contingente significativo de agentes do DF, que, com o suporte amplo e incondicional da Polícia Civil do Ceará, deflagrou uma operação até agora muito bem-sucedida", disse o delegado Konrad Rocha.
Conforme o delegado, responsável pela operação, a estrutura da organização era quase empresarial, com funções bem delimitadas distribuídas em núcleos estratégico, operacional, logístico e financeiro. "Os líderes planejavam meticulosamente cada ação, desde a seleção dos veículos a serem furtados até o fornecimento de equipamentos tecnológicos para burlar os sistemas de segurança".
Criminosos roubavam carros de até R$ 600 mil
Em quatro meses, de julho a dezembro do ano passado, foram subtraídas 29 caminhonetes, sendo nove em Águas Claras, em Taguatinga, duas em Ceilândia, três na região do Plano Piloto, uma em Vicente Pires, uma no Gama e uma em Pirenópolis (GO). O valor de mercado dos veículos procurados pela organização criminosa variam de R$ 220 mil a R$ 600 mil.
Desde o início das apurações, foram recuperados 11 veículos do tipo caminhonete de alto luxo, sendo quatro localizados em regiões fronteiriças do estado de Mato Grosso do Sul, três em Goiás e quatro no Distrito Federal.
Com todos os detalhes do esquema criminoso e a identificação dos alvos, os policiais civis do Distrito Federal e do Ceará saíram em campo para cumprir 13 mandados de prisão preventiva, 13 mandados de prisão temporária, 32 de busca e apreensão, além do sequestro dos valores custodiados em contas bancárias e instituições financeiras das contas vinculadas aos indiciados, até o limite de R$ 7 milhões
Veículos eram levados para regiões de fronteira do Brasil
Ainda segundo as investigações, os suspeitos pelos crimes se deslocavam para outras regiões após o furto das caminhonetes de alto luxo. Os veículos eram ocultados e submetidos a um processo de adulteração.
Com os sinais identificadores alterados, os carros eram então transportados para regiões de fronteira do Brasil, como o Mato Grosso do Sul, de onde eram repassados a países vizinhos.
Conforme levantamento da polícia, os veículos eram trocados geralmente por cocaína e maconha. Além disso, o grupo criminoso promovia a inserção de tais veículos no mercado ilícito clandestino, assim como comercializava peças e itens após o desmanche.
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