Preso acusado de matar 'Gegê' e 'Paca' é transferido de penitenciária em Brasília para o Ceará
Outro réu pelas mortes dos líderes da facção paulista foi enviado para a mesma Unidade de Segurança Máxima, em junho deste ano
Um dos acusados de matar os líderes de uma facção criminosa paulista Rogério Jeremias de Simone, o 'Gegê do Mangue', e Fabiano Alves de Souza, o 'Paca', foi transferido da Penitenciária Federal de Brasília para a Unidade Prisional de Segurança Máxima, localizada em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
A transferência de André Luís da Costa Lopes, o 'Andrezinho da Baixada', entre as unidades de segurança máxima, ocorreu na última quinta-feira (4). No dia seguinte, o Sistema Penitenciária informou a entrada do preso à Justiça Estadual.
Conforme as investigações policiais, 'Andrezinho da Baixada' é integrante da facção paulista com atuação na Baixada Santista e foi um dos executores de 'Gegê do Mangue' e 'Paca', em uma emboscada com uso de um helicóptero, em uma terra indígena em Aquiraz, em 15 de fevereiro de 2018. Ele foi preso em Praia Grande, no litoral de São Paulo, em outubro de 2019.
A defesa de André Luís pediu a revogação da prisão do cliente à Vara Única Criminal da Comarca de Aquiraz, na última segunda-feira (8). "No presente caso, é inconcebível o excesso de prazo da prisão preventiva, porque o requerente está preso por 2 anos e 10 meses, cuja prisão preventiva se efetivou em 31.10.2019, mesmo diante da ausência da formulação da sentença de pronúncia", alegou.
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Outro acusado de matar os líderes da facção paulista, Ronaldo Pereira Costa também está detido no presídio de segurança máxima em Aquiraz. Ele foi transferido da Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor Jucá Neto (CPPL 3), em Itaitinga, para o outro presídio, no dia 2 de junho último.
A Unidade Prisional de Segurança Máxima de Aquiraz (única no Estado com essa característica) foi inaugurada em agosto do ano passado, com capacidade para 168 presos. No último boletim divulgado pela Secretaria da Administração Penitenciária do Ceará (SAP), de junho de 2022, o presídio contava com 106 detentos.
Três réus seguem foragidos
Dez pessoas são rés na Justiça Estadual por participação nos homicídios. Seis delas estão presas; o piloto Felipe Ramos Morais chegou a ser detido e depois foi solto por decisão do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE); e três acusados continuam foragidos.
O processo criminal está na fase de instrução. Pelo menos quatro audiências já foram realizadas, com a oitiva de 19 pessoas (entre réus e testemunhas). As próximas audiências estão marcadas para os dias 18 e 19 de agosto deste ano, quando serão interrogados os réus Ronaldo Pereira Costa e Gilberto Aparecido dos Santos, respectivamente, por videoconferência.
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O 11º suspeito de envolvimento nos crimes, Vagner Ferreira da Silva, o 'Cabelo Duro' - que teria organizado o grupo para cometer os assassinatos (a mando de Gilberto Aparecido dos Santos, o 'Fuminho') - foi morto com tiros de fuzil, em São Paulo, poucos dias após o duplo homicídio no Ceará.
Confira o nome dos acusados e a situação:
- André Luís da Costa Lopes, o 'Andrezinho da Baixada', preso em São Paulo em outubro de 2019;
- Carlenilton Pereira Maltas, o 'Ceará', preso em Sergipe em abril de 2019;
- Erick Machado Santos, o 'Neguinho Rick da Baixada', foragido;
- Felipe Ramos Morais, preso em Goiás em maio de 2018 e solto pelo TJCE em abril de 2021;
- Gilberto Aparecido dos Santos, o 'Fuminho', preso em Moçambique em abril de 2020;
- Jefte Ferreira Santos, preso em São Paulo em janeiro de 2019;
- Maria Jussara da Conceição Ferreira Santos (mãe de Jefte Santos), foragida;
- Renato Oliveira Mota, foragido;
- Ronaldo Pereira Costa, preso em Santa Catarina;
- Tiago Lourenço de Sá de Lima, o 'Tiririca', preso em São Paulo em agosto de 2021.