Legislativo Judiciário Executivo

Sem sessão há 14 dias, CPI das Associações aguarda laudo de áudio com suposto tráfico de influência

Deputados estaduais atuam desde agosto na comissão que investiga possível participação das associações militares no motim da PM em 2020

Escrito por Felipe Azevedo , felipe.azevedo@svm.com.br
CPi das Associações
Legenda: No início do mês, um áudio apresentado pelo deputado Elmano Freitas (PT), que é o relator da comissão, causou tensionamento entre parlamentares da base e da oposição ao Governo do Estado.
Foto: Paulo Rocha/AL-CE

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE) que investiga suposta participação das associações de policiais e bombeiros militares no motim da PM em 2020 não ocorrerá pela segunda semana consecutiva nesta terça-feira (21).

Deputados estaduais membros do colegiado aguardam o resultado da perícia de um áudio apresentado pelo relator da CPI, o deputado Elmano Freitas (PT), ainda no dia 7 de junho, e devem continuar os trabalhos após o resultado. O material para análise da Perícia Forense do Estado (Pefoce), no entanto, só foi enviado na segunda-feira (20).

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De acordo com a secretaria da Comissão, não foi estipulado prazo para que o laudo seja divulgado. Interlocutores do colegiado, no entanto, avaliam que o resultado seja conhecido "em breve". 

Áudio polêmico

No início do mês, um áudio apresentado durante a sessão da CPI causou tensionamento entre parlamentares da base e da oposição ao Governo do Estado.

No material, é possível ouvir tratativas sobre uma suposta negociação para que a Associação dos Profissionais de Segurança (APS) consiga liminar para liberação de recursos para a entidade - na época bloqueados por decreto do governo estadual. 

O valor supostamente negociado seria em torno de R$ 400 mil.

Em depoimento anterior, o presidente da APS, Cleyber Araújo, já havia sido questionado a respeito de contrato com empresa de advocacia no mesmo valor.

A contratação seria referente, segundo o depoente, ao processo para tentar liberar a transferência de consignados dos associados da entidade.

Elmano questionou Cleyber Araújo se a voz no áudio seria dele, mas o militar foi orientado pelo advogado de defesa a não se manifestar sobre o material.