Roberto Cláudio analisa cenário político e econômico e aponta perspectivas para 2025
Ex-prefeito deu entrevista ao programa Bom Dia Nordeste, da rádio Verdinha FM 92.5
Em entrevista à rádio Verdinha FM 92.5, na manhã desta quinta-feira (16), o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, falou sobre as perspectivas para o ano de 2025, em especial os desafios que devem ser enfrentados nos cenários econômico e político.
Em âmbito nacional, Roberto Cláudio acredita que o crescimento econômico nos próximos dois anos tende a ser menor que o obtido em 2024, especialmente em razão da alta da inflação e do câmbio, conforme indicam os boletins do Banco Central.
"Ambos influenciam diretamente a capacidade de consumo, em especial das famílias que não acumulam. Quem junta o dinheiro sofre menos com essas duas coisas. São exatamente as famílias que consomem praticamente tudo o que recebem, os mais pobres, que mais sofrem com inflação e com o dólar alto", comentou ao programa Bom Dia Nordeste.
No cenário estadual, Roberto Cláudio afirma que o custo de vida das famílias terá ainda mais impacto em razão da alta do ICMS, que impacta diretamente no custo da cesta básica.
"Isso tem a ver com o que se os produtos da cesta básica são isentos desse aumento de ICMS? Eles são isentos o produto em si, mas o produto da prateleira quando chega para o cidadão comprar o produto em si é isento, mas a cadeia de produção dele foi impactada pelo ICMS, inclusive o frete. Então isso fez com que o Ceará tenha hoje, falando de custo de vida, o preço da cesta básica mais cara do Nordeste brasileiro", destacou Roberto Cláudio.
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Polarização
No campo da política, o ex-prefeito acredita que o cenário ainda muito polarizado continuará impactando diretamente na democracia, que pressupõe um ambiente de equilíbrio entre os poderes.
"O debate público é importante de acontecer, até os pesos e contra-pesos que a democracia impõe aos poderes. Entretanto o ambiente institucional que tá colocado para a política, com dois anos para uma eleição, é um ambiente ainda de muita divisão e polarização nacional que se perpetua, e de alguma maneira contamina essas instituições. Então não é um ambiente político que eu diria dos mais harmoniosos, ainda não vejo tempos de paz no sentido de tranquilidade, nem para a economia e nem para a política desses próximos dois anos", afirmou.
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