Nikolas Ferreira tem contas suspensas no Twitter e Instagram
Deputado federal eleito com mais votos no País havia utilizado as redes sociais para publicar uma série de fake news sobre o processo eleitoral
Deputado federal eleito com mais votos no País, Nikolas Ferreira (PL-MG) teve as contas suspensas no Twitter e Instagram. O bolsonarista havia utilizado as redes sociais para publicar uma série de fake news sobre o processo eleitoral.
A primeira suspensão ocorreu no Twitter, na sexta-feira, 4. Ao acessar o perfil oficial, aparece um aviso de que aquela conta foi suspensa em resposta a uma decisão judicial, em um processo que tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Depois, o Instagram de Nikolas Ferreira também foi desativado.
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Nas publicações, Nikolas repercute uma live feita no canal La Derecha Diário, controlado pelo argentino Fernando Cerimedo, amigo do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que divulga um dossiê apócrifo sobre supostas fraudes nas eleições brasileiras. O conteúdo é repleto de informações falsas e foi usado por aliados de Bolsonaro para levantar dúvidas sobre o resultado das eleições.
"Eu, basicamente, simplesmente, transcrevi o que o argentino disse no Twitter e, provavelmente, foi por isso que derrubaram minha conta no Twitter com quase 2 milhões de seguidores", afirmou o bolsonarista em vídeo publicado no Facebook.
Urnas eletrônicas
No último domingo, 2, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito em segundo turno com 60 milhões de votos contra 58 milhões de Jair Bolsonaro (PL). Foi a sétima eleição presidencial desde que as urnas eletrônicas foram implementadas, em 1996. Até o momento, nenhuma fraude foi registrada nos pleitos realizados.
O principal argumento apresentado no vídeo de Cerimedo, e compartilhado por bolsonaristas, é de que cinco modelos de urnas eletrônicas, usadas na eleição deste ano, registraram mais votos para o petista do que para o atual presidente.
Segundo o TSE, todos os modelos de urna, citada no vídeo, já tinham sido submetidos a teste. Quando os militares apresentaram mais de 80 questionamentos ao TSE sobre a urna eletrônica, uma das principais cobranças era que apenas o modelo 2020 não tinha sido submetido à testagem.
Antes do pleito eleitoral, o Ministério da Defesa insistiu para que uma inspeção técnica fosse realizada. Os demais aparelhos, fabricados em outros anos, e já utilizados inclusive na eleição de 2018 em que Jair Bolsonaro foi eleito, tinham sido submetidos ao chamado Teste Público de Segurança (TPS) em anos anteriores. Diante da pressão dos militares, o TSE submeteu o modelo 2020 à análise de peritos de universidades federais.
No site do TSE, é possível esclarecer dúvidas sobre as eleições no "chat bot", um canal de conversa de WhatsApp que permite a interação entre eleitores e a instituição. O serviço está disponível desde 2020, no combate à desinformação no processo eleitoral.