Mourão confirma que não concorrerá como vice de Bolsonaro em outubro
Em 2021, o presidente declarou, pelo menos em quatro ocasiões, que não queria o general como companheiro de chapa
O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (PRTB), declarou, nesta sexta-feira (11), que não tentará a reeleição ao cargo ao lado de Jair Bolsonaro (PL) no pleito deste ano. O militar revelou que, na verdade, disputará o cargo de senador pelo estado do Rio Grande do Sul.
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As falas confirmam a informação revelada pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) ao jornal O Globo, quando disse que o general tentará uma vaga no Senado Federal. “Foi o que o senador Flávio andou falando. [A formalização] será comunicada brevemente, mas já me decidi”, enfatizou Mourão durante conversa com jornalistas. As informações são do jornal Metrópoles.
Na ocasião, o militar usava uma máscara com emblema do estado sulista e foi questionado pelos profissionais da imprensa se isso seria um indicativo. Ele retrucou: “Lógico, né”. “Isso, é por aí mesmo. Agora, é só a questão de partido”, explicou.
Filiado ao PRTB, ele ainda confessou que, atualmente, conversa com duas legendas para disputar a vaga ao Legislativo.
Mourão ainda disse que poderia se juntar com algum dos candidatos da base bolsonarista que disputarão o governo do estado — o atual ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, e o senador Luiz Carlos Heinze (PP-RS).
Possível novo vice
Na quinta-feira (9), o general declarou, em entrevista à CNN Brasil, que o atual ministro da Defesa, Walter Braga Netto, é “extremamente capacitado” para ser o novo número dois de Bolsonaro.
“A escolha do vice é sempre feita, na minha visão, tomando por base dois grandes eixos: composição política, que vai fortalecer a chapa, e o outro é o nome da confiança daquele que é o cabeça da chapa. Julgo que o ministro Braga Netto tem um excelente relacionamento com o presidente Bolsonaro e é uma pessoa extremamente capacitada a ser o novo vice-presidente de Bolsonaro”, disse.
Se mantém no cargo
Para concorrer ao Senado Federal em outubro, o militar não precisa se desincompatibilizar do cargo de vice, mas, a partir de abril, não poderá mais assumir o posto de presidente da República interino.
Em 2021, Bolsonaro declarou, pelo menos em quatro ocasiões, que não queria Mourão como companheiro de chapa neste ano. Já o general afirmava que esperaria o veredito do mandatário do país antes de decidir se concorreria a outro cargo em outubro.
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