Lula participa de cerimônia em defesa da democracia no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (8)
Durante o ato, serão reintegradas ao espaço físico do Palácio obras de artes danificadas por vândalos em 8 de janeiro de 2023
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai participar de uma cerimônia em defesa da democracia nos dois anos dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, nesta quarta-feira (8). O evento será realizado no Palácio do Planalto, um dos prédios vandalizados pelos golpistas.
O ataque às sedes dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário causou danos estruturais e danificou uma série de obras de arte, entre pinturas, esculturas e artefatos históricos. Conforme o governo, 21 serão devolvidas recuperadas, nesta quarta.
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Confira a programação do evento deste 8 de janeiro
1º Momento: Sala de Audiências, do Palácio do Planalto, às 9h30. Será feita a reintegração de obras de arte - relógio do século XVII e ânfora (vaso de origem grega) - tidos como símbolos da dificuldade e delicadeza dos reparos. O relógio foi consertado na Suíça sem custo para o governo brasileiro. Também será comunicado o fim do processo de restauro, com a entrega de 21 obras restauradas no Palácio da Alvorada e o relógio, na Suíça.
2º Momento: Terceiro andar do Palácio do Planalto, às 10h30. Será feito o descerramento da obra "As Mulatas", de Di Cavalcanti. E cinco alunos do Projeto de Educação Patrimonial entregarão ao presidente réplicas que produziram da ânfora e de "As Mulatas".
3º Momento: Cerimônia com a presença de autoridades, no Salão Nobre do Palácio do Planalto, às 11h.
4º Momento: Abraço da Democracia, na Praça dos 3 Poderes. O ato simbólico terá a participação do presidente Lula, que descerá a rampa do Palácio do Planalto com as principais autoridades e encontrará o público para esse abraço.
Preservação de obras
A restauração de 20 das obras foi viabilizada por meio da Diretoria Curatorial dos Palácios Presidenciais e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que estabeleceu parceria com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel).
Veja a lista de obras restauradas:
- Relógio de mesa, de Balthazar Martinot e André Boulle
- Ânfora italiana em cerâmica esmaltada
- Escultura O Flautista, de Bruno Giorgi
- Escultura Vênus Apocalíptica Fragmentando-se, de Marta Minujín
- Quadro com a pintura Mulatas, de Emiliano Di Cavalcanti
- Quadro com pintura do retrato de Duque de Caxias, de Oswaldo Teixeira
- Quadro representando galhos e sombras, de Frans Krajcberg
- Quadro com a pintura Fachada Colonial Rosa com Toalha
- Quadro com a pintura Casarios, de Dario Mecatti
- Quadro com a pintura Cena de Café, de Clóvis Graciano
- Quadro com a pintura Paisagem, de Armando Viana
- Pintura de Glênio Bianchetti
- Pintura de Glênio Bianchetti
- Pintura de Glênio Bianchetti
- Pintura de Glênio Bianchetti
- Pintura de Glênio Bianchetti
- Quadro com a pintura Matriz e Grade no primeiro plano, de Ivan Marquetti
- Quadro Rosas e Brancos Suspensos, de José Paulo Moreira da Fonseca
- Tela Cotstwold Town, de John Piper
- Tela de Grauben do Monte Lima
- Tela Bird, de Martin Bradley
A restauração começou em 2 de janeiro de 2024, com a montagem de um laboratório de restauração do Palácio da Alvorada.
Cerca de 50 profissionais estiveram diretamente envolvidos no projeto, incluindo 12 professores da UFPel e dois da UnB, quatro técnicos, 14 alunos de graduação da UFPel e três da UnB, além de cinco conservadores-restauradores especializados, com a colaboração de profissionais da área de fotografia e audiovisual.
Foram mais de 1.760 horas trabalhadas no laboratório, e as atividades de restauro contaram com a produção de 20 relatórios técnicos detalhando o processo de recuperação de cada obra.
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