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Lula com chuchu: entenda a referência do discurso de Alckmin

Apelido do ex-governador de São Paulo foi criado por jornalista e já usado por Lula em tom pejorativo

Escrito por Redação ,
Geraldo Alckmin (PSB)
Legenda: Geraldo Alckmin, com Covid-19, discursou de casa e as imagens exibidas em um telão
Foto: Reprodução

O ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) discursou, por vídeo, durante o lançamento da chapa de pré-candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, na manhã deste sábado (7), em São Paulo. Com Covid, o ex-tucano e pré-candidato a vice-presidente foi anunciado sob aplausos e chegou a brincar com o apelido "picolé de chuchu".

"Presidente Lula, mesmo que muitos discordem da sua opinião de que Lula é um prato que cai bem com chuchu, o que eu acredito vem ainda se tornar um hit da nossa culinária, quero lhe dizer perante toda a sociedade brasileira: Muito obrigado. Serei um parceiro leal, seriamente compromissado com seu propósito de fazer o Brasil um país mais justo e economicamente mais forte", disse o ex-governador. 

Origem do apelido

O apelido de Alckmin foi criado pelo jornalista José Simão. Segundo o jornal Estadão, em 2014, o próprio Lula chamou o ex-governador de "picolé de chuchu", mas em um tom pejorativo. 

“Não é à toa que esse governador (Alckmin) tem apelido de picolé de chuchu, porque é uma coisa insossa, como comida sem sal”, disse o petista na ocasião.

No evento desde sábado, tanto Alckmin como Lula brincaram com o apelido e defenderam o prato "chuchu com lula".

Lançamento da chapa

O Partido dos Trabalhadores lançou oficialmente a chapa que reúne o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) para a campanha eleitoral de 2022. O evento começou às 10h, no Expo Center Norte, em São Paulo.

Com os direitos políticos recuperados após prisão na Lava Jato, o petista consolidou uma aliança no campo da centro-esquerda - com PSB, PCdoB, PSOL, Rede, PV e Solidariedade. A dobradinha com o ex-adversário político, a despeito da resistência na esquerda do PT, foi bancada por Lula.

No seu discurso, e abrangendo diversos setores da sociedade - especialmente a economia-, Lula não poupou críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL), alegando que todas as conquistas do povo brasileiro estão sendo destruídas nos últimos anos.

O ex-presidente também criticou o aumento da inflação, destacando o aumento dos preços dos combustíveis e da cesta básica, além de apontar o nível da renda familiar dos brasileiros como a menor dos últimos dez anos.

Parte de sua fala também foi para defender aumento de investimentos públicos e a geração de empregos. "Vamos provar que o Brasil pode voltar a ser um País que cresce, que se industrializa e que gera emprego".

Já Alckmin, que discursou antes de Lula, falou sobre os sintomas de Covid e defendeu que nenhuma divergência do passado com o ex-presidente será pretexto para que ele deixe de apoiar o petista.

"Nenhuma divergência do passado, nenhuma diferença do presente, nenhuma disputa de ontem, de hoje ou de amanhã, nada servirá de razão, desculpa ou pretexto para que eu deixe de apoiar ou defender com toda a minha convicção a volta de Lula a presidência do Brasil e é com muito orgulho que faço isso", disse. 

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