Cristiano Zanin, ministro do STF, diz que não há impedimento para julgar denúncia contra Bolsonaro

A defesa do ex-presidente pediu ao STF que Zanin se declare impedido de atuar no caso por 'conflito de interesses'

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 19:52)
ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF)
Legenda: Presidente do colegiado, Zanin afirmou não haver 'qualquer sentimento negativo' que o leve a não atuar no caso
Foto: Antônio Augusto/SCO/STF

O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que não há impedimento para julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na denúncia de tentativa de golpe de Estado apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). As informações são da CNN.

Presidente do colegiado, Zanin afirmou não haver “qualquer sentimento negativo” que o leve a não atuar no caso. "Não vislumbro atuação pessoal minha que envolva a hipotética participação do ex-presidente da República nas imputações contidas na denúncia”, alegou o ministro. 

Na última segunda-feira (24), a defesa de Bolsonaro pediu ao STF que os ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin, indicados pelo presidente Lula (PT), se declarem impedidos de julgar a denúncia da PGR. A defesa do ex-presidente argumenta que Zanin era advogado de Lula nas eleições de 2022, gerando um conflito de interesses.

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"Naquela oportunidade atuei fundamentalmente em questões eleitorais que tramitaram perante o Tribunal Superior Eleitoral. Naturalmente, a atuação também abarcou impugnações relacionadas às diversas candidaturas suportadas por outras federações de partidos políticos, inclusive aquela envolvendo o ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro", alegou Zanin.

"Diante do exposto, respeitosamente, não compreendo existir hipótese que possa configurar o meu impedimento para participar do julgamento", completou Zanin.

DENÚNCIA CONTRA BOLSONARO

Na última terça-feira (18), a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Bolsonaro, o ex-ministro Walter Braga Netto e outras 32 pessoas por pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.

A denúncia detalha ainda que o plano arquitetava o assassinato de Moraes e o envenenamento de Lula, além da tentativa de "neutralizar" o Supremo. 

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