Defesa de Bolsonaro pedirá ao STF impedimento de Dino e Zanin em julgamento da tentativa de golpe

Advogado Celso Vilardi também quer que o caso seja encaminhado ao Plenário da Corte e não à Primeira Turma

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 18:26)
Jair Bolsonaro foi denunciado por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e de golpe de Estado
Legenda: Jair Bolsonaro foi denunciado por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e de golpe de Estado
Foto: Shutterstock

A defesa de Jair Bolsonaro (PL) pedirá ao Supremo Tribunal Federal (STF) que os ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin, indicados pelo presidente Lula (PT), se declarem impedidos de julgar a denúncia da tentativa de golpe de Estado apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR)

A solicitação foi feita pelo advogado Celso Vilardi, que atua na defesa de Bolsonaro, ao presidente do STF, Luís Roberto Barroso, durante uma reunião na tarde desta segunda-feira (24), conforme apuração do jornal O Globo.

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O pedido também inclui o requerimento para que o julgamento seja realizado no Plenário do STF e não na Primeira Turma, que é formada pelos ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Flávio Dino e Alexandre de Moraes — relator da ação penal

Conforme o Supremo, a audiência durou cerca de 20 minutos e foi acompanhada de assessores da Presidência da Corte. Na ocasião, o advogado "apresentou as razões de petições que ingressará, e o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, informou que analisará os pedidos.”

Celso Vilardi, inclusive, deve se reunir com Moraes nesta quarta-feira (26). Um dos assuntos deve ser o pedido da defesa por um prazo de 83 dias para apresentar uma resposta à denúncia da PGR. O ministro tinha inicialmente fixado um tempo de 15 dias para retorno. 

Ministro Luís Roberto Barroso e o advogado Celso Vilardi em reunião no STF
Legenda: Ministro Luís Roberto Barroso e o advogado Celso Vilardi em reunião no STF
Foto: Gustavo Moreno/STF

DENÚNCIA CONTRA BOLSONARO

Na última terça-feira (18), a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Bolsonaro, o ex-ministro Walter Braga Netto e outras 32 pessoas por pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.

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A denúncia detalha ainda que o plano arquitetava o assassinato de Moraes e o envenenamento de Lula, além da tentativa de "neutralizar" o Supremo. 

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