Ciro Gomes oficializa candidatura à Presidência da República pelo PDT
O partido ainda não anunciou quem será o vice na chapa presidencial
O PDT oficializou, por unanimidade, a candidatura de Ciro Gomes à presidência da República nesta quarta-feira (20), em convenção nacional. O evento ocorreu em Brasília com o apoio de lideranças regionais.
Ciro reforçou ações programáticas para implementar o fim do orçamento secreto, do teto de gastos e da reeleição, além de rever o modelo de refinanciamento da dívida de estados e municípios.
Aos correligionários, durante discurso, Ciro apontou dificuldades enfrentadas pelo País e pediu uma oportunidade para aplicar reformas. "Nunca o Brasil empobreceu tanto e tão rápido material e espiritual como nos últimos anos", declarou. A missão, segundo ele, "é lutar contra essa realidade cruel".
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O ex-governador do Ceará também aproveitou o evento para criticar o presidente Jair Bolsonaro (PL), que será concorrente direto na corrida presidencial.
"Nunca o País teve um presidente tão insensível e incompetente como o que ocupa o Palácio do Planalto. Ele não trabalha, é um grande preguiçoso. Não trabalha, não pensa, não executa nenhuma ação em favor do povo brasileiro", criticou.
O pré-candidato não poupou críticas às ações sociais e econômicas dos governos anteriores.
"Como o modelo econômico e política social eram frágeis e equivocados, bastou um rápido vendaval de uma direita ainda mais incompetente para destruir por completo o tal legado dos governos autorreferidos de esquerda no Brasil", apontou.
O pré-candidato também criticou o PT do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deverá disputar mais uma vez a presidência da República.
"Foram 14 anos de oportunidade que a população brasileira deu ao PT a chance de mudar o Brasil, e aí está o legado. Mesmo assim eles estão pedindo para voltar. Será para produzir mais enganação e inconsistências?", criticou.
Acompanhe a transmissão ao vivo:
Será a quarta vez que o ex-ministro cearense disputará o comando do Palácio do Planalto. A primeira vez foi em 1998, depois em 2002. A última ocorreu em 2018. Em todas as disputas o ex-governador ficou em terceiro lugar.
A oficialização da candidatura de Ciro ocorre ainda sem definição da chapa. A vaga de vice, por exemplo segue em aberto. O PDT ainda não anunciou alianças para a disputa nacional.
Ciro, no entanto, prometeu que o anúncio será em breve. "Vocês conhecerão essa pessoa em poucos dias", disse. "Se depender de mim será uma mulher", completou.
O presidente nacional da sigla, Carlos Lupi, disse que está trabalhando para atrair alianças.
"Hoje, estamos homologando a tua candidatura a presidente e estamos delegando à Executiva Nacional poder para escolha do vice e das coligações. Estamos trabalhando. É claro que tem muita gente que olha torto pra gente", disse o presidente nacional Carlos Lupi durante e cerimônia.
Cearenses no evento
Lideranças políticas no Ceará e aliados de Ciro no Estado viajaram para Brasília para acompanhar a cerimônia, dentre eles o pré-candidato a governador do Ceará pelo PDT, Roberto Cláudio.
Em discurso, o ex-prefeito de Fortaleza defendeu uma oportunidade à chamada terceira via, encabeçada por Ciro Gomes.
"A porta da esperança está se abrindo. Nós que seremos candidatos a deputado estadual, federal, senador e governador temos uma obrigação de não entrar nessa conversinha furada de que o jogo está resolvido", discursou o pedetista.
Também está o presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, Antônio Henrique, e os deputados federais pedetistas André Figueiredo, presidente estadual do PDT, Eduardo Bismarck, Pedro Bezerra e Leônidas Cristino.
O presidente estadual do PSD Ceará, Domingos Filho – que é cotado como pré-candidato a vice-governador na chapa pedetista – também está participando do lançamento da candidatura.
Também estão os vereadores de Fortaleza, Adail Júnior, Enfermeira Ana Paula, Renan Colares, Lúcio Bruno, Didi Mangueira, Raimundo Filho e Paulo Martins; além dos deputados estaduais Bruno Pedrosa, Sérgio Aguiar e Guilheme Landim.