Força-tarefa em São Paulo busca André do Rap, traficante solto pelo STF e foragido
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirma que a Polícia Civil já está em operação para localizar e prender Macedo
André de Oliveira Macedo, 43, mais conhecido como André do Rap, é alvo de uma força-tarefa no estado de São Paulo. O anúncio do esforço policial em busca do narcotraficante foi feito pelo governador paulista João Doria, na noite de sábado (10), em suas redes sociais.
Parabéns ao presidente do STF, ministro Luiz Fux, por cassar decisão do ministro Marco Aurélio Mello, que libertou o chefe do PCC, o criminoso André do Rap. Determinei força tarefa da polícia de SP p/ colocar esse bandido novamente atrás das grades. Lugar de bandido é na cadeia!
— João Doria (@jdoriajr) October 11, 2020
Na mesma postagem, o governador elogia Luiz Fux, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) que suspendeu uma decisão do ministro da Corte Marco Aurélio Mello e determinou retorno imediato à prisão de André do Rap.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirma que a Polícia Civil já está em operação para localizar e prender Macedo. "Policiais dos departamentos Estadual de Investigações Criminais (DEIC), de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) e de Operações Policiais Especiais (DOPE) estão em diligências desde ontem (10)", afirma a secretaria.
Na sexta (9), Marco Aurélio Mello havia mandado soltar o traficante. Segundo o ministro, Macedo está preso desde o final de 2019 sem uma sentença condenatória definitiva, excedendo o limite de tempo previsto na legislação brasileira.
Em liberdade, o integrante do PCC deveria informar à Justiça a residência onde poderia ser encontrado, caso necessário contato.
Após a soltura, o traficante deveria seguir para o litoral, o que não ocorreu. Fontes afirmaram ao Jornal Nacional, da TV Globo, que o traficante teria ido para Maringá (PR), de onde autoridades acreditam que ele fugiu para o Paraguai.
Marco Aurélio Mello afirmou que a decisão do presidente da corte de revogar o habeas corpus concedido ao traficante é "péssima" para o Supremo.
O ministro afirma que a ação de Fux "é um horror". "Sob minha ótica ele adentrou o campo da hipocrisia, jogando para turma, dando circo ao público, que quer vísceras. Pelo público nós nem julgaríamos, condenaríamos e estabeleceríamos pena de morte", disse à reportagem.
O traficante havia sido preso em 2019, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. A compra de uma lancha de R$ 6 milhões levou a polícia até Macedo.