Rede impede investimento em fontes renováveis
A mesma confiança que fez o grupo Enel aplicar R$ 332 milhões entre janeiro e setembro deste ano no Ceará - 13% a mais que em igual período de 2015 - em detrimento da queda do lucro e do aumento da dívida da companhia, não a faz investir em grandes parques de geração eólica ou solar no Estado, como acontece na Bahia e no Rio Grande do Norte, por exemplo. O motivo, segundo o presidente da holding no Brasil, Marco Zorzoli, continua sendo a rede de distribuição da carga gerada.
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O executivo lamenta que o pioneirismo cearense na geração eólica culminou em "um castigo", pois a rede do Estado foi logo ocupada e não teve o reforço necessário para suportar a instalação de mais parques e também de usinas solares - nova fonte renovável a se instalar fortemente no País - com a mesma segurança vista no início.
Sobre a viabilidade de vento e intensidade solar, Zorzoli revelou que a Enel conta com estudos encomendados a instituições internacionais exclusivamente para medir o investimento que deve ser aplicado em determinadas áreas do Brasil e afirmou que este critério não desmerece o Ceará.
"O que posso dizer é que uma vez que o gargalo da rede de transmissão tenha solução, nós estamos prontos para participar de leilões. Nós estamos prontos, o que falta agora é que a rede de transmissão reduza os gargalos para permitir a nossa energia chegue ao mercado", afirma.
Porte robusto
A integração mais evidente da ex-Coelce ao grupo Enel leva os clientes cearenses a integrar uma carteira de 61 milhões de pessoas, distribuídas entre 30 países no mundo, principalmente entre a Europa e as Américas, mas também com ações na Ásia e África. "Em capacidade instalada, somos entre 6 e 7 Itaipús", compara o executivo. (AOL)