Projeção para Selic em 2016 sobe a 13,25%

A projeção para a Selic no fim deste ano permaneceu em 14,25%

Escrito por Reuters ,
A expectativas para a a taxa básica de juros no fim de 2016 subiram após o Banco Central indicar que pode elevar a Selic se entender necessário, ao mesmo tempo em que as estimativas para a inflação no próximo ano chegaram praticamente ao teto da meta na pesquisa Focus do Banco Central.
 
O levantamento com uma centena de especialistas mostrou que permanece em 14,25% a projeção para a Selic no fim deste ano, mas a projeção para 2016 alcançou 13,25%, contra 13% anteriormente.
 
O diretor de Política Econômica do BC, Altamir Lopes, passou na semana passada a mensagem de que o BC fará o que for preciso para levar a inflação ao centro da meta em 2017. E apesar de seguir acreditando na manutenção do atual patamar da Selic para ter sucesso na tarefa, poderá elevá-la se entender necessário, mesmo diante da fraqueza econômica.
 
Para a inflação, a pesquisa mensal mostrou que os economistas consultados agora veem alta de 6,47% do IPCA em 2016, 0,18 ponto percentual maior do que o avanço previsto na semana anterior. Com isso, a alta dos preços praticamente atingiria o teto da meta do governo, que é de 4,5% com tolerância de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
 
Para este ano, a piora na estimativa de alta do IPCA, a oitava seguida, foi de 0,08 ponto percentual, para 9,99%.
 
A projeção para o aumento dos preços administrados chegou a 17% neste ano, contra 16,50% no levantamento publicado na semana passada, e a 6,95% em 2016, ante 6,75%.
 
Em outubro, o IPCA acelerou a alta a 0,82%, maior nível para o mês em 13 anos, pressionado principalmente pelo reajuste dos preços de combustíveis e pela valorização do dólar.
 
O cenário para a economia também continua se deteriorando, em um ambiente atual de forte recessão, turbulências fiscais e políticas e desemprego em alta.
 
A expectativa de contração do Produto Interno Bruto neste ano agora é de 3,10%, contra queda de 3,05% no levantamento anterior. Para 2016 é esperada uma retração de 1,90%, maior do que o recuo de 1,51% estimado previamente.
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