Panificadoras mantêm estoques abastecidos

Escrito por Redação ,

O bloqueio nas estradas em decorrência da greve dos caminhoneiros afetou as atividades em diversos setores. No de panificação da Capital, os impactos são bem menores, já que o trigo chega por modal marítimo e já vai, por meio de uma esteira, diretamente para o moinho dentro do próprio Terminal Marítimo do Mucuripe. Apesar disso, as padarias da Capital e Interior vem enfrentando dificuldades na obtenção de outros ingredientes e produtos comercializados nos estabelecimentos.

O presidente do Sindicato da Indústria da Panificação e Confeitaria, Massas Alimentícias e Biscoitos do Ceará (Sindpan-CE), Angelo Nunes, destaca que, hoje, as padarias contam com uma diversidade bem maior de serviços, como a oferta de almoço e café da manhã. A preparação desses pratos, que dependem do setor hortifrutigranjeiro, realmente fica prejudicada com a paralisação nas estradas, dificultando o cenário para os estabelecimentos.

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"O que nós temos sentido impacto é nesses produtos que vêm de outros estados e que não estão conseguindo passar. Por exemplo, nós trabalhamos com sushi, mas a carne de salmão está parada no bloqueio. Alguns serviços das padarias estão sendo prejudicados", explica Ângelo Nunes.

"No caso dos pães, não há tanto impacto, porque o trigo chega por navio, é descarregado no Porto do Mucuripe e entra direto no moinho, então a gente não depende de estrada federal ou estadual para fazer o abastecimento", diz Ângelo Nunes. "Após a moagem, a entrega da farinha de trigo é feita apenas dentro de Fortaleza, nas padarias", frisa o presidente do Sindicato.

Combustíveis

Dessa forma, outro problema que esses estabelecimentos têm enfrentado em seu processo logístico é a escassez de gasolina. Com a falta, o combustível teve elevações substanciais nos últimos dias, o que dificulta o abastecimento dos caminhões que fazem a entrega dentro da Capital. "A gente tem visto essa corrida para os postos de gasolina e temos sentido dificuldade para manter os veículos abastecidos para não prejudicar as entregas", acrescenta Angelo Nunes.

Com recente reajuste praticado nos preços dos pães devido ao aumento nos valores da farinha de trigo, Ângelo Nunes não acredita que o impacto da paralisação realizada pelos caminhoneiros será repassado ao consumidor cearense na forma de um novo reajuste.

"Nós tivemos um recente reajuste ocasionados pelo aumento no preço da farinha de trigo. A gente acredita que essa situação (de greve) seja algo pontual e achamos que uma solução está próxima", arremata ainda o presidente do Sindicato da Indústria da Panificação e Confeitaria, Massas Alimentícias e Biscoitos do Ceará.

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