Nordeste lidera no crescimento da inadimplência

De acordo com indicador do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), a região registrou aumento de 6,86% na quantidade de consumidores com dívidas em atraso

Escrito por Redação ,

O número de consumidores brasileiros com contas em atraso e registrados em cadastros inadimplentes iniciou o ano de 2016 apresentando crescimento em todas as regiões do País, segundo pesquisa do SPC Brasil e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). A região Nordeste teve a alta mais expressiva, com aumento de 6,86% na quantidade de consumidores com dívidas em atraso no último mês de janeiro, em comparação com igual período do ano passado.

Em seguida, estão os resultados da região Sul, que apresentou crescimento de 4,77%, Centro-Oeste (4,59%) e Norte (3,71%). Na comparação mensal, ou seja, ante dezembro de 2015, o crescimento de indadimplentes mostrou aceleração nas quatro regiões influenciadas por fatores sazonais: 0,93% na região Sul, 0,92% no Norte, 0,59% no Nordeste e 0,26% no Centro-Oeste. O estudo não considera os dados da região Sudeste, que estão suspensos devido à entrada em vigor da Lei Estadual 16.569/2015, que dificulta a negativação de inadimplentes no Estado de São Paulo.

A abertura das dívidas não pagas por segmento da economia revela que não são apenas as dívidas que dependem da concessão de crédito que apresentam crescimentos expressivos. As pendências com contas básicas, como água e luz, registraram o crescimento mais elevado em duas das quatro regiões estudadas: alta de 17,01% na região Sul e de 13,30% no Centro-Oeste, em janeiro deste ano na comparação com o mesmo período de 2015.

Previsão para este ano

Levando em consideração somente o número de dívidas em atraso, com exceção da região Norte, cuja alta oscilou de 6,69% em janeiro de 2015 para 6,53% em janeiro de 2016, todas as demais regiões registraram aceleração na comparação de um ano com o outro. No Nordeste, a variação positiva passou de 4,45% em janeiro de 2015 para 8,43% em janeiro último, no Centro-Oeste, a alta foi de 4,66% para 6,69% e no Sul, houve um salto de 2,61% para 6,66% na quantidade de dívidas não pagas.

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