Endividamento em Fortaleza é o menor em dois anos

Em novembro, 63,8% dos consumidores da capital cearense possuem algum tipo de dívida.

Escrito por Redação ,

A Pesquisa sobre Endividamento do Consumidor de Fortaleza, realizada pela Federação do Comércio do Estado do Ceará (Fecomércio-CE), revelou que, em novembro, 63,8% dos consumidores da capital cearense possuem algum tipo de dívida. O índice é 2,4 pontos percentuais menor que o indicador de outubro (66,2%) e é o melhor resultado desde novembro de 2014, quando índice media 58,4%.

Também caíram a proporção de consumidores com contas em atraso (21,0%) e o percentual da renda comprometida com o pagamento de dívidas (36,8%), mas permanece a recomendação da necessidade de atenção no controle das dívidas, já que os principais motivos declarados para o desequilíbrio financeiro são a falta do orçamento familiar e as compras por impulso.

A proporção dos consumidores com contas ou dívidas em atraso teve redução de 1 ponto percentual, passando de 22%, em outubro, para 21% neste mês. O levantamento mostra que os problemas financeiros afetam mais as mulheres (21,4% dos entrevistados desse grupo afirmaram possuir contas em atraso), os consumidores do grupo com idade entre 25 e 34 anos (24,2%) e do estrato com renda familiar abaixo de cinco salários mínimos (21,2%).

O tempo médio de atraso é de 72 dias e a principal justificativa para o não pagamento das dívidas é o desequilíbrio financeiro - a diferença entre a renda e os gastos correntes – citado por 69,4% dos consumidores. O segundo motivo mais citado é o adiamento por conta do uso dos recursos em outras finalidades, com 29,3%, seguido da contestação da dívida (80,4%).

Comprometimento de renda

Os instrumentos de crédito mais utilizados pelos consumidores são os cartões de crédito, citados por 79,6% dos entrevistados; o financiamento bancário (veículos, imóveis etc.), com 13,8%; os carnês e crediários, com 9,5%; e os empréstimos pessoais, com 8,8%. As principais compras realizadas no crédito foram itens de alimentação (58,1%); eletroeletrônicos (37,7%); artigos de vestuário (32,3%); e despesas de educação e saúde (31,4%).

O valor médio das dívidas é estimado em R$ 1.310, com prazo médio de sete meses, comprometendo 36,8% da renda familiar dos consumidores com o seu pagamento – nível considerado excessivamente elevado.

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