Adiamento do Dia das Mães deve ser definido nos próximos dias
Para entidades, ainda é necessário tempo para se preparar para a data
As entidades nacionais que representam os setores de comércio e serviços devem nos próximos dias bater o martelo a respeito do adiamento do Dia das Mães em maio para julho. A mudança foi apresentada por comerciantes do Ceará no intuito de preservar as vendas da data comemorativa, que seriam prejudicadas devido às medidas de isolamento social.
O Dia das Mães é a segunda principal data para o varejo, atrás somente do Natal. A data 12 de julho foi sugerida levando em conta o Dia dos Namorados, comemorado no dia 12 de junho, que também é considerado um período de boas vendas para o setor.
A expectativa é que a proposta de adiamento seja apreciada nos próximos dias, tanto pela Confederação Nacional dos Lojistas (CNDL), como pela União Nacional das Entidades do Comércio e Serviços (Unecs), da qual fazem parte também os restaurantes.
O temor dos empresários é que o isolamento social determinado pelo governador Camilo Santana em decorrência da pandemia da Covid-19 prejudique as vendas de uma das principais datas do setor. O decreto que estabeleceu o fechamento de atividades não essenciais permanece em vigor até 5 de maio, pode ser adiado novamente.
Preparação
De acordo com Freitas Cordeiro, presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará (FCDL), as lojas não estão preparadas para atender à demanda da data. "Precisamos de tempo até para formular novas estratégias de publicidade e marketing, em consonância com o momento em que vivemos".
Cid Alves, presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Lojista de Fortaleza (Sindilojas), endossa o posicionamento. "Os estoques encomendados para o período ainda estão nas transportadoras e no Porto - no caso de mercadorias importadas. Não existe tempo hábil para o comércio se organizar para a data, ainda que o governador libere o funcionamento em 6 de maio, o que é improvável", pondera.