Operador que matou colega com retroescavadeira se entrega à polícia e alega legítima defesa
Suspeito atropelou a esmagou vítima com veículo
O funcionário que atropelou e matou um colega de trabalho com uma retroescavadeira, em São Carlos (SP), se entregou à polícia nesta segunda-feira (27) e alegou que estava sendo ameaçado pela vítima e agiu em legítima defesa. As informações são do g1.
O operador de máquinas Milton César Magalhães, de 44 anos, foi flagrado passando a retroescavadeira sobre Iabel Garcia Silva, de 41 anos. Eles trabalhavam no Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de São Carlos.
Milton fugiu do local após o crime e se entregou aos policiais nesta tarde. Segundo o delegado da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Caio Gobato, o suspeito se disse arrependido.
"Ele alegou que estava sendo ameaçado desde segunda-feira e na hora que ele jogou a pá ele ficou com medo que o cara estava indo na direção dele e achou que estava armado. Falou que na hora do fato ele perdeu os sentidos, não sabia o que estava fazendo, desmaiou posteriormente e acordou achando que o rapaz nem estava morto", disse o delegado.
Veja também
O operador foi indiciado por homicídio qualificado e segue preso temporariamente. A defesa de Milto disse à EPTV que ele se apresentou espontaneamente à delegacia e pediu o relaxamento da prisão.
Vítima foi esmagada
Uma câmera de monitoramento registrou o momento do crime. As imagens mostram o momento em que conduz o veículo de grande porte pelo bairro Jardim São Paulo. Ao avistar a vítima seguindo a bordo de uma motocicleta na mão contrária, ele muda de faixa e colide contra ela, que cai do moto.
Em seguida, na gravação, é possível notar que o suspeito passa a retroescavadeira sobre o homem, então o arrasta com a concha do automóvel e usa a peça para esmagar Iebel Garcia. Depois, o indivíduo desembarca e parece conferir se o funcionário está vivo.
Por fim, Milton César retorna ao veículo e foge, enquanto outros colegas de trabalho se aproximam da vítima, que está imóvel no via.
A Saae afirmou que, em 2014, a vítima e o suspeito foram suspensos por 30 dias após uma briga. O motivo do desentendimento não foi detalhado pela companhia.