MTST rebate críticas à postagem 'bandido bom é bandido morto': 'falta de interpretação'
Perfil oficial do movimento postou imagem de Jesus com críticas ao discurso “Bandido bom é bandido morto”; publicação foi rechaçada por políticos da direita
O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) se pronunciou, neste sábado (30), sobre a repercussão de uma postagem feita nesta Sexta-feira Santa (29) no X, antigo Twitter.
Segundo o movimento social, houve uma falta de interpretação por parte daqueles que consideraram a postagem problemática.
“A falta de interpretação da imagem e da mensagem desse post é de se impressionar. Para ajudar, indicamos a leitura de Lucas, capítulo 23”, publicou o perfil do movimento no X, seguido pelo trecho bíblico citado, que trata do clamor popular pela crucificação de Jesus.
Entenda a polêmica
Na ocasião, o perfil do movimento publicou uma montagem que mostrava Jesus Cristo crucificado e, ao lado, três soldados romanos com a inscrição “Bandido bom é bandido morto”.
Após a postagem, representantes da direita brasileira, como o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-GO), se posicionaram contra a postura do MTST.
Enquanto Ricardo Nunes considerou o post “de cortar o coração, um sacrilégio”, Nikolas apontou que a publicação teria sido responsável por “enterrar a candidatura de Boulos”, referindo-se a Guilherme Boulos (Psol), que já foi líder do movimento e é candidato a prefeito da capital paulista.
Apoiadores do MTST, no entanto, rebateram as alegações, afirmando que a postagem seria uma crítica ao discurso contra os direitos humanos popularizado pela direita brasileira.