Homem foragido há 17 anos é preso após ser aprovado em concurso da Polícia de SP

Cristiano Rodrigo da Costa era procurado por assassinar um comerciante, em 2006

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 14:39)
Homem com camiseta da Hugoboss em ambiente externo, mostrando estilo e atitude confiante. Ideal para inspirar moda masculina.
Legenda: Mandado de prisão foi aberto em junho de 2007, pela Vara Júri de Mairiporã.
Foto: Reprodução

Um homem foragido da Justiça por assassinato foi preso após ser aprovado no concurso da Polícia Civil de São Paulo. Ele tinha avançado até a fase da prova oral, mas foi detido ao se apresentar à Academia da Polícia Civil para realizar o teste, na última segunda-feira (11). As informações são do colunista Josmar Jozino, do Uol.

Durante o certame, Cristiano Rodrigo da Costa, de 40 anos, chegou a obter 52 pontos na prova discursiva, com destaque para os 17 pontos que alcançou na prova de noções de direito, a maior nota entre os participantes. Ele também somou 5 pontos em noções de informática, 6 em lógica, 13 em língua portuguesa e 11 em criminologia.

O suspeito também foi aprovado no teste de investigação social, uma das partes mais importantes do concurso, que leva em consideração a conduta social e moral do candidato. Nesse teste, a banca pesquisa qualquer envolvimento criminal dele ou de parentes próximos, a fim de garantir um perfil adequado ao cargo.

Graças a uma denúncia, a Polícia identificou a ficha criminal de Cristiano quando ele se apresentou para a prova oral. Em especial, estava expedido contra ele um mandado de prisão aberto pela juíza Carla Zoega Andreatta Coelho, da Vara Júri de Mairiporã.

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Qual foi o crime de Cristiano?

Cristiano é acusado de assassinato por um crime cometido em 9 de novembro de 2006. Neste dia, ele e um comparsa clonaram uma viatura da Polícia Civil e utilizaram o carro para se disfarçarem de investigadores do 46º Distrito.

Sob a falsa alcunha de policiais, a dupla abordou o comerciante José Roberto Nogueira Ferreira, roubou o Fiat Uno da vítima e o levou algemado até Mairiporã, na Grande São Paulo. Ele foi morto com tiros na cabeça, na Estrada dos Moraes, e teve o veículo queimado.

Um casal viu o momento em que Cristiano e o outro suspeito assaltaram Ferreira e o levaram na viatura. Na época, a Polícia ainda apurou que eles usavam um estacionamento no nome de uma mulher para esconder a viatura falsa.

Porém, no cadastro do empreendimento, a corporação descobriu que a dupla tinha utilizado os próprios dados pessoais. Assim, eles foram identificados autuados. O comparsa de Cristiano foi preso, mas ele conseguiu fugir.

Em junho de 2007, o Ministério Público denunciou os suspeitos por homicídio e roubo. O parceiro de Cristiano foi condenado a 14 anos e nove meses.

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O que diz a Polícia Civil?

Questionada pela coluna do Josmar Jozino, a Polícia Civil de São Paulo afirmou que cumpria o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) de que não é a investigação social não pode excluir um candidato do processo seletivo.

"Após ser identificada na análise social a existência de mandado de prisão contra o candidato, ele foi preso, ficando impedido de realizar a etapa seguinte, o que resultou em sua desclassificação", disse em nota.

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