Funcionário morre após passar mal em fila de espera para ser demitido em São Paulo

O homem trabalhava há 21 anos na empresa como porteiro e sofreu um ataque cardíaco

Escrito por Redação ,
Idoso ex-funcionário da ProGuaru caído ao chão sendo atendido pelos profissionais do SAMU, enquanto demais funcionários observam
Legenda: Paramédicos do SAMU tentaram reanimar o funcionário, mas ele não resistiu e morreu no local
Foto: Acervo pessoal

Um homem, de 70 anos, morreu enquanto estava na fila de espera para assinar a demissão na manhã desta sexta-feira (10), em Guarulhos, na Grande São Paulo. O idoso era funcionário de uma companhia pública de varrição de ruas que está sendo extinta na cidade, a ProGuaru. As informações são do G1.

Segundo o portal de notícias, o funcionário começou a passar mal ainda na fila, enquanto esperava, sob sol forte, a homologação dos ex-empregados.  

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Ele chegou a ser socorrido pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) da cidade, que acionou o Serviço Médico de Urgência (SAMU). Paramédicos tentaram reanimá-lo, mas ele não resistiu e morreu no local.

O homem foi identificado por funcionários que acompanharam o resgate como José Benedito Pinto, de 70 anos, sendo 21 deles dedicados à empresa. Ele era casado e tinha filhos, de acordo com informações repassadas pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública de Guarulhos (STAP) ao G1.

Paramédicos tentam reanimar o ex-porteiro
Legenda: Homem aguardava na fila sob sol forte quando começou a passar mal
Foto: Acervo pessoal

Extinção foi alvo de protestos

A extinção da empresa foi anunciada pelo prefeito de Guarulhos, Guti (PSD), ainda em agosto. De lá para cá, servidores realizaram diversos protestos na cidade. A Prefeitura de Guarulhos, conforme o G1, alega que a Proguaru dá prejuízo à cidade. 
 
“O que o prefeito está fazendo não é só fechar uma empresa e tirar o serviço, ele está tirando um serviço social de muita importância para a cidade. O nosso pedido continua sendo a não extinção da Proguaru, a manutenção dos 4,5 mil postos de trabalho e a oportunidade da empresa mostrar que a empresa é viável”, declarou ao G1 o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública Municipal de Guarulhos (Stap), Rogério de Oliveira.

Apesar do descontentamento dos trabalhadores, a prefeitura da cidade garantiu que o encerramento da empresa é irreversível e que empresas terceirizadas prestarão os serviços. 

 

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