Espírito Santo confirma primeira morte por febre Oropouche; caso é o 4º confirmado no Brasil
No total, foram confirmados quase 11 mil casos no território brasileiro em 2024
O Espírito Santo confirmou a primeira morte por febre Oropouche no estado. Este é o quarto caso que resultou em óbito pela doença no país este ano. A vítima, uma mulher de 61 anos, moradora da cidade de Fundão, faleceu em 28 de agosto.
Além dela, duas pessoas morreram na Bahia e outra em Pernambuco. No total, foram confirmados quase 11 mil casos no território brasileiro em 2024. Segundo a Agência Brasil, a maioria são pacientes do Amazonas e do Espírito Santo, com pouco mais de 3 mil casos cada, seguidos de Rondônia, com 1.700.
O Brasil passa por um surto de febre Oropouche neste ano. O vírus é transmitido pelo inseto conhecido como mosquito-pólvora ou maruim. Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dor muscular e articular, que aparecem entre 3 e 8 dias após a picada do inseto.
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O QUE É A FEBRE OROPOUCHE?
O vírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV) provoca a doença. A transmissão é feita principalmente por mosquitos, sendo o Culicoides paraenses, comumente chamado de ‘maruim’ ou ‘mosquito-pólvora’, o principal vetor, tanto no ciclo selvagem quanto no urbano.
Em geral, o inseto é pequeno e voa em zigue-zague. Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o OROV permanece no sangue do inseto por alguns dias. Quando o transmissor pica outra pessoa saudável, pode infectá-la.
De acordo com o Ministério da Saúde (MS), o vírus foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960, a partir da amostra de sangue de uma bicho-preguiça capturada durante a construção da rodovia Belém-Brasília. Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no Brasil, principalmente em regiões silvestres.
SINTOMAS DA FEBRE OROPOUCHE
Conforme o MS, os sintomas da febre oropouche são parecidos com os da dengue e da chikungunya. Os sinais incluem:
- febre;
- dor de cabeça;
- dor muscular;
- dor nas articulações;
- náusea;
- diarreia.
COMO SE PREVENIR
É importante evitar áreas onde há muitos mosquitos, principalmente em locais silvestres. Conforme o Ministério da Saúde, outros cuidados importantes são:
- Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplique repelente nas áreas expostas da pele.
- Manter a casa limpa, removendo possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas.
- Se houver casos confirmados na sua região, siga as orientações das autoridades de saúde local para reduzir o risco de transmissão, como medidas específicas de controle de mosquitos.