Catador é morto por PMs no Rio; policiais confundiram pedaço de madeira com fuzil

Homem morreu no quintal da própria casa

Escrito por Redação ,
Montagem de fotos mostra catador de recicláveis à esquerda e o pedaço de madeira que estava com ele à direita
Legenda: Segundo moradores, um pedaço de madeira que o homem arrastava consigo foi confundido com um fuzil por policiais militares.
Foto: Reprodução

Um homem foi morto durante uma operação da Polícia Militar na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira (5). A vítima foi identificada como Gerson Gomes da Silva, 51.

Segundo o G1, moradores da região informaram que Gerson trabalhava como catador de materiais recicláveis e sofria de transtornos mentais.

Eles também disseram que o homem costumava andar com um pedaço de madeira preso ao corpo e que estava no quintal da própria casa quando foi atingido por disparos e morreu.

"Cheguei a ver muito sangue, até porque foi muito tiro", relatou uma moradora ao portal.

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Operação

Desde cedo, nesta quinta, policiais do 18º Batalhão da PM, incluindo o Batalhão de Ações com Cães (BAC) e o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), estão na comunidade confrontando criminosos.

Em nota, a corporação afirmou ao portal que um procedimento foi aberto para averiguar as circunstâncias que vitimaram Gerson. Contudo, destacou que a área costuma ser "violenta" e que os policiais teriam trocado tiros com "bandidos".

Um dos trechos do comunicado admitiu que "uma equipe se deparou com um homem conduzindo o que aparentava ser um fuzil" e que policiais teriam efetuados disparos contra ele, que não resistiu.

Imagem pixelada mostra policias
Legenda: A Polícia Civil do Rio de Janeiro vai investigar o caso.
Foto: Reprodução

Policiais serão identificados

O órgão informou ainda que a PM colabora com as investigações da Polícia Civil e que os policiais envolvidos na ação serão identificados e terão de apresentar suas armas para a perícia.

A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), responsável pelas investigações, já periciou o local, recolheu cápsulas e conversou com testemunhas. O corpo de Gerson foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) e aguarda o reconhecimento de familiares.

 

 

 

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