Auxílio Reconstrução: cidades gaúchas pedem ampliação de prazo para cadastro
Programa do Governo Federal paga cerca de R$ 5 mil para famílias afetadas por enchentes no estado
A Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) solicitou ao Governo Federal, nesta segunda (24), a prorrogação por dez dias do prazo para que as prefeituras gaúchas realizem o cadastro online da população desabrigada no programa Auxílio Reconstrução. A iniciativa federal paga R$ 5,1 mil, em parcela única, a famílias que tiveram que sair de casa devido à calamidade pública no Estado após chuvas volumosas registradas em maio.
A data limite para o cadastramento é nesta terça-feira (25). Segundo o presidente da Famurs e prefeito de Barra do Rio Azul, Marcelo Arruda, muitos municípios ainda não fizeram o cadastro, mesmo com o reforço da federação feito a cada município sobre a necessidade do cadastramento e fim do prazo.
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"Assim, é possível que os municípios possam revisar os dados, identificar com exatidão as famílias atingidas, corrigir divergências dos sistemas ou erros, e garantir que todos os cidadãos gaúchos tenham acesso ao Auxílio Reconstrução", apontou ele.
Até sexta-feira (21), 182 prefeituras do Rio Grande do Sul ainda não tinham registrado as famílias para receberem o benefício. O ministro-chefe da Secretaria Extraordinária da Presidência da República de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, afirmou nesta segunda que divulgou a quantidade de municípios para que os moradores cobrem dos gestores o cadastramento das famílias para receberem o benefício.
Sem prorrogação
O ministro Paulo Pimenta reforçou que a data final é esta terça, pontuando que o prazo foi definido há bastante tempo. Ainda assim, uma análise será feita sobre o número de municípios que cadastraram os moradores, além da existência de elementos que justifiquem a necessidade da prorrogação solicitada.
"Se temos mais de 150 municípios que, até agora, praticamente mais de um mês e meio depois, não encaminharam nenhum cadastro, seria razoável que nos próximos dez dias fossem encontradas famílias que até agora não foram identificadas?", questionou o ministro e completou: "havendo uma demanda objetiva, nosso interesse é pagar a todo mundo que tem direito. Mas, também é preciso que as prefeituras façam a parte delas, dentro do prazo razoável", disse ele em entrevista coletiva na manhã de segunda (24).