Após queda de ponte, balsa entre TO e MA não começa a operar como prometido

Serviço não entrou em funcionamento devido a atrasos na emissão de licença e conclusão de obras

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Ponte
Legenda: 11 pessoas morreram com a queda da ponte e outras estão desaparecidas
Foto: Divulgação/Polícia Militar

Uma semana após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, localizada na BR-226, a balsa anunciada para fazer a travessia entre o Tocantins e o Maranhão ainda não começou operar como prometido. Inicialmente, o transporte seria disponibilizado até esta terça-feira (31), conforme havia anunciado o Governo do Tocantins.

O atraso na operação ocorreu devido a processo de licenças e vistorias, segundo a empresa de balsas Pipes Navegações, responsável pela oferta do serviço. Pelo menos 11 pessoas morreram na queda da ponte e outras seis continuam desaparecidas. As informações são do G1.

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Por meio de nota ao G1, a Pipes informou que a balsa chegava ainda na terça (31), mas que para colocá-la em funcionamento faltava concluir os acessos, que estão sendo construídos pelo Departamento Nacional de Infraestrutura (DNIT), e processo de vistoria da embarcação, cuja responsável é a Marinha do Brasil.

"As chuvas atrapalharam um pouco. Marinha ainda vai vistoriar as rampas e pontos de atracação após finalizados, para poder liberar o início da prestação dos serviços", afirmou a advogada da empresa, em nota ao portal.

Não foi informado, no entanto, uma data específica para a liberação ocorrer.

Já o DNIT informou que assinatura do contrato para viabilizar os serviços da obra deve correr nesta semana. Além disso, não haverá nenhuma espécie de custo para os cidadãos.

Reconstrução

Para reconstrução da Ponte JK, como era conhecida, o ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou investimento de R$ 100 milhões. O prazo para entrega é em 2025.

Inaugurada em 1960, a ponte liga as cidades de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), e possui mais de 530 metros de extensão. A causa do desabamento ainda está sendo investigada, segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

Todavia, o órgão informou que o vão central da ponte cedeu e isso teria ocasionado a queda. Rachaduras na estrutura já vinham sendo denunciadas por políticos da localidade.

Últimas inspeções realizada pelo órgão já apontavam a plataforma em estado "ruim" de conservação. Os relatórios gerenciais de manutenção rodoviária atualizados até julho de 2019 incluíam o local na categoria "amarela", indicando "nota 2" para a estrutura, sendo 1 o estado mais crítico e cinco o melhor estado, conforme o Índice de Condição de Manutenção.

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