Adolescente feita refém por Lázaro Barbosa foi encontrada embaixo da cama após ligar para polícia

A jovem e os pais foram levados para um rio pelo suspeito

Escrito por Redação ,
Lázaro Barbosa Chacina em Ceilândia
Legenda: O homem é procurado pelas forças de segurança locais desde a última quarta-feira (9), quando ele invadiu uma chácara e assassinou a tiros quatro pessoas de uma mesma família no DF
Foto: Reprodução/Polícia Civil

Uma adolescente de 16 anos feita refém por Lázaro foi encontrada pelo suspeito embaixo da cama, conforme revelou o irmão da vítima, em áudio veiculado no JA1, da TV Anhanguera. Os pais dos jovens também foram feitos reféns, em crime realizado nesta terça-feira (15), em Goiás. 

A menina estava escondida e conseguiu chamar a polícia pelo telefone. "Socorro, Lázaro está aqui em casa", dizia o texto enviado para a polícia.

O irmão dela contou os momentos de terror vividos pelos familiares, que foram levados para um rio pelo suspeito. Lázaro invadiu a chácara da família e abordou o pai, que omitiu a presença da filha no local. 

“Ela [a adolescente] se escondeu debaixo da cama e avisou a polícia. No que ela avisou, a polícia ligou e o cara escutou. Já arrancou ela debaixo da cama e mandou encher uma panelada de comida para ele”, afirmou o jovem. 

Polícia resgata família feita refém por Lázaro Barbosa, na terça-feira (15)
Legenda: Família foi resgatada em um rio, após ser feita refém por Lázaro Barbosa
Foto: Reprodução/TV Anhaguera

Lázaro amarrou o pai e ordenou que a mãe a filha corressem a frente. Durante o caminho até o rio, o suspeito apontava uma arma para o homem e dizia as direções para onde deviam seguir, segundo o jovem.

"Da casa lá onde meu pai tava, deve da uns 2 km até o canavial. [Lázaro dizia] 'Desce correndo, passa aqui, passa no cascalho, anda dentro do rio, anda dentro do ‘poção’, não anda na areia não. Se olhar para trás eu atiro’”, contou ele. 

Veja também

Resgate e buscas

Na segunda-feira (14), policiais estiveram na mesma fazenda, Grota da Água do Valdo Silva, onde montaram um cerco para procurar Lázaro. Na ocasião, um agente que participou da ofensiva deixou o número de celular com a família e, na tarde de terça-feira (15), recebeu a mensagem da adolescente.

Os policias chegaram até o rio onde Lázaro mantinha a família refém e houve um tiroteio. O suspeito baleou um dos militares de Goiás no rosto, de raspão.

O agente foi levado de helicóptero para uma unidade de saúde e passa bem. Lázaro conseguiu fugir e segue sendo procurado pelos policiais. 

As buscas entraram no 10° dia, nesta sexta-feira (18). O homem é procurado pelas forças de segurança locais desde a última quarta-feira (9), quando ele invadiu uma chácara e assassinou a tiros quatro pessoas de uma mesma família no DF.

Buscas por Lázaro Barbosa
Legenda: Lázaro é procurado há dez dias por policiais
Foto: Reprodução/SSP-GO

Ele já possui uma condenação por homicídio, no Estado da Bahia e é também procurado no DF e em Goiás por crimes de roubo, estupro e porte ilegal de arma de fogo.

Lázaro estaria ferido  

Nesta quinta-feira (17), o suspeito foi avistado por um morador a 200 metros de uma chácara no município de Girassol. A Polícia foi até a localidade e trocou tiros com o criminoso, que teria ficado ferido após o confronto, mas conseguiu fugir.   

Segundo o secretário de Segurança Pública do Estado de Goiás (SSP-GO), Rodney Rocha Miranda, um cão da polícia farejou um pedaço de pano com sangue que teria sido usado por Lázaro, tentando estancar algum ferimento. "Ele pode ter ferimentos graves", disse o titular.   

"Ele desceu e foi para a mata. A equipe de cães apoiados pelo Bope [Batalhão de Operações Especiais] no encalço, ele tentou acertar os cachorros, os policiais o instalado e revidaram, ele entrou numa vala e a polícia perdeu o rastro dele", detalhou o secretário. 

"Não há nada de audacioso na conduta desse psicopata, ele está fugindo, ele não está no campo de conforto dele que é a mata, mas estamos apertando o cerco, saturando as áreas", disse Miranda.

"Não podemos afirmar quando ele vai ser preso. Na última situação como essa, ele ficou 15 dias no mato na Bahia sem alimento, e só foi preso porque foi ferido", completou o gestor da pasta.  

Assuntos Relacionados